sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Despedida



Não me pergunte a razão dessas palavras.
Nem o que sinto, se sinto ou se é ilusão.
Não me pergunte o sentido, nem os motivos.
Nem queira saber minha direção, pois...
ali não achara um coração.
Não peça palavras novas, nem sentimentos novos.
Não deseje aquilo que não posso te dar.
Não crie falsas esperanças...não sonhe te peço.
Não tente achar alguma coisa, nem imagine coisas em vão.
Não fique ai se ferindo, não tente me dar seu coração.
Não quero nada, pois de ti nada preciso.
Não espere um obrigado, nem um até logo, pois não terá.
Nem tudo tem que ser dito, nem tudo vai ser vivido.
Entenda, ou não entenda se assim preferir...
Apenas não se iluda.
Sim, me diga adeus, é o melhor a ser feito.
Pois nunca me verá outra vez, nem terás alento
Se de uma vez por todas, para de me olhar com tanto apego.

Do alto da Pedra




Sentado la no alto da pedra eu chorei,
ali no cume do meu mundo eu despejei...
                                       [todo meu sofrimento]
Não queria nada além da brisa,
a alegria de ver as ondas tocarem nas pedras...
desenhando lentamente seu lindo contorno...
                                       [com um doce toque]

Respirei bem fundo, imaginei uma nova alvorada,
uma nova certeza, um novo sentimento.

Em todo esse tempo achei nunca ter aprendido amar...
Pensei ser uma reles criatura fria...
Mero engano, nos mortais somos providos de amor...
É como um vício, o mal necessário da humanidade.

Foi nessa certeza que me peguei...
Sorri...depois de anos, sorri...

No alto da pedra pude ver o sol...
Ele brilhava sorrindo para mim.

Levantei...abri meus braços...
E de olhos fechados eu voei...
voei como as gaivotas perto de mim...
                                    [seria um delírio?]

Do alto da pedra eu vi o céu azul...
Do alto da pedra eu pulei em meio ao mar...
Do alto da pedra, e desejei de novo...
                                    [voltar a amar]

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Meu eu em você.


Sinto saudades dos teus versos,
ainda que tristes, me faziam viva.
Em tuas palavras teu coração batia,
e era um tom suave de melancolia.
Mas, no fundo eu sabia...
Ele era somente meu.

Eu rezo, e clamo,
preciso do seu eu em mim.
Cade você meu Romeu...
A sua Julieta está desfalecendo.

Eu preciso respirar você...
Preciso do teu gosto.
Não sei mais amar...
Era na suas palavras que eu
tinha força...

Continuo aqui mirando este por de sol.
eu te espero meu Romeu...
Pela vida inteira eu te espero.
Mesmo que eu aos poucos suma.
Vou rezar de novo...

Hoje achei aquele primeiro poema...
Juro, vi voce lendo ele pra mim.
Algo aqui dentro sangrou...
E a saudade de você, hoje...
Finalmente me levou.

Momentos...


Todos temos nossas dúvidas...
Momentos de fraqueza, tristeza e alegria.
Algumas vezes nos perguntamos o por que,
de fazermos certas coisas...
Por que escrever em um blog que ninguém lê?
Por que criar poemas, que nunca são comentados?
Por que expor nossas fraquezas ao nada, nem a uma crítica apenas?
Faz um mês que me fiz essas perguntas...
Um mês que nada mais escrevi...
Pensei em apenas falar o que sinto as pessoas...
E juro que tentei...
Foi bom, admito.
Mas eu sabia que algo estava me faltando.
Mesmo que ninguem visite esse blog...
Mesmo que ninguém comente meus poemas...
Que saber a verdade, eu não ligo.
Pois foi esse espaço que me manteve em pé por muito tempo.
Não vo abrir mão do que consquistei...
Essa é uma das poucas coisas que me orgulho em fazer.
Escrever o que sinto e o que penso de tudo.
Vou voltar a escrever...
Voltar a escrever pra mim mesmo.
Será como sempre foi...
Mas voltarei a ter orgulho, de quem sou e de quem eu quero ser.
A vida é engraçada...
Sempre feita de seus...
...momentos.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

E assim sangrei...até morrer de amor...



Junto com o meu sofrimento...
palavras saindo da minha boca chegam a sangrar.
O sangue da minha dor alimenta as palavras mortas,
das minhas feridas abertas...
Brota a poesia como sangue,
que derrama deixando marcas no chão.


Tanto sangue conserva para dar vida aos meus pensamentos,
uma palavra fúnebre e deixa o sangue...
Se sentir um fera em minha veias


Desisto! Desisto de mim, como se de mim pudesse fugir.
Desisto! Desisto de tudo porque da morte eu já não consigo fugir.


Não é apenas isso que me faz chorar e sim o que me faz sentir...
Sentir a dor de ti perder...

E perder assim...
É sinonimo de morrer iludido...
A ilusão consome, e me deixa feridas,
e o sangue que escorre do inocente sentimento...
Flui frio, não mais quente...
Porque esse coração, há muito já havia morrido.

Por que tentar? Só me resta fugir.
Por que tentar? Não há nem espaço mais para se ferir.

Choro sozinho, escondido nesse canto escuro.
Nada mais me importa...
Só esperar que minha vida, logo... enfim,
seja dada como morta.

Mais um poema escrito em parceria com meu amigo Thallys!!! =D

Do céu ao inferno.



Ainda me lembro, como se fosse ontem.
Daquelas palavras ditas.
No dia em que nossa história acabou.
Ela escolheu se enganar e me deixou.

Naquele momento, a sua frieza.
Congelou as minhas palavras,
E tudo que pude fazer foi chorar.
Ela se recusou secar minhas lágrimas...

A partir disso, algo novo estava para acontecer...
Eu mudei, enquanto ela era a mesma.
Gostos, jeitos e atitudes, só pra esquecer.
A garota que me levou do céu ao inferno.

Depois , ela veio ao meu encontro. Aquele olhar...
As memórias voltaram à minha mente.
Ela estava arrependida, queria me beijar...
Estava linda me olhando de forma carente.

Isso me lembrava os bons momentos ao seu lado.
Mas, me lembrei do sofrimento daquele dia...
Tudo aquilo voltou, e isso me deixou chateado.
Prometi a mim mesmo que nunca mais sofreria.

"Sinto muito", disse a ela em tom frio,
Apesar de querer não resistir
Foi necessário tomar essa atitude
Pra ser feliz sem me ferir.

Poema escrito pela minha maninha Lari, muito lindo!!!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Lembrando Quintana...



Disse o poeta, há saudosismo em certos versos.
                                                   (parafraseando Quintana)
Idealistas da esperança, com seu falar do futuro,
e os românticos, da saudade, e suas raízes do passado.
Pouco se fala deste triste presente,
das ideias que se perdem e assim se vão em segundos.
O que escrever agora?
Nada.
Porque o presente se compara a poucas coisas,
ainda que se segure essa caneta, aqui nesse papel...
                                                  (sim nasceu em um papel)
apenas se lamenta.

Ainda disse o poeta, não sejas tu um robô...
Leia o poema, não queria ser meticuloso...
Não o policie, nem o avalie, como quem parece,
que dele, entende alguma coisa.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Só deixou a saudade gravada ali naquele jardim.



Naquele dia a garota olhou pela janela.
Só pode ficar muda, e aceitar.
De longe a mão que dizia adeus.
Será que irá voltar, ou nunca mais verá?
As lembranças chegaram sem anúncio.
E a saudade logo veio visitar.
E passou horas naquele quarto só.
E na janela, nenhuma esperança apareceu.
Jurou que faria tudo melhor dessa vez.
E que mediria suas palavras, e prumaria seus excessos.
Não duvidaria, nem magoaria.
Mas amaria, e em cada clarear de um novo dia.
Diria sem exitar, que o ama...
Lhe daria seu coração, seu beijo e amor...
E em seus braços o aconchegaria, e protegeria com paixão.
Mas mesmo assim o tempo passa.
A janela sempre no mesmo lugar...
E a garota, já frágil e combalida...
Foi amargando falsos dias, sem esperança...
E aos poucos a vida foi se indo...
Os anos não popam nos da dor...
Até que no jardim assim dizia...
Aqui está a garota, que em vão se despedia...
da vida e do amor que deixou passar
e nunca mais da janela verá...
A luz do sol, e o amor, que muitas vezes lhe veio visitar...
Mas cega de outra paixão, sem perceber sempre a deixou passar.

domingo, 10 de outubro de 2010

Muito cedo... Muito tarde



Ontem percebi que é cedo demais...


É muito cedo pra falar tudo aquilo


que um dia não queria dizer jamais.






Hoje percebo que este é o momento...


Está na hora de esclarecer tudo aquilo


que guardei comigo por tanto tempo.






Mas nessa oportunidade, eu escolhi hesitar.


E amanhã perceberei que é tarde demais


Para insistir em concertar tudo aquilo


Que não volta nunca mais .
 


Oi gente, esse poema é de autoria da minha maninha Lari, assim como o Thallys, e meu mano Diego, minhas parcerias aqui no blog, obrigado Lari pelo lindo poema, que expressa bem oque vc sente, =D Adorei!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Novos Horizontes...



Algumas palavras possuem a íncrivel arte
de destruir certos paradigmas.
Até mesmo nossa angústia, dor e tristeza.
As vezes ficamos um tempo perdidos,
um vazio contraditóriamente nos sufoca,
e não achamos nunca as respostas.

Um simples diálogo, pode trazer soluções.
Abrir o coração, os sentimentos, resolve.
Mesmo aqueles que não aprenderam a confiar,
se tentarem podem conquistar,
a paz, a solução que com afinco desejam.

Por hora andei meio perdido, pela primeira vez
escrevia algo de que realmente sinto.
Apesar de um breve susto, me fiz muitas perguntas,
e ao não achar as respostas
fiquei triste a muito aflito.

Realemente a vida ensina muitas lições,
aprendi que algumas vezes deve se dar certas chances.
Chances as pessoas, chances a quem nos ama,
e mesmo que sejamos orgulhosos
todos merecem a oportunidade de provar seu valor.

Talvez o dia em que todas minhas perguntas forem respondidas
eu perca o dom dessa escrita, e não mais dela dependa
ou quem sabe então escreverei de experiências novas...

Hoje venho um novo horizonte
vejo novas possibilidades, vejo esperança
alegria de em um novo dia
voltar a sorrir e sonhar os bons e velhos sonhos.

domingo, 3 de outubro de 2010

Folhas Verdes.




Tento me concentrar mas quase sempre é em vão...
Há sempre um pensamento inquietante latente em mim...
Algo que consome minha mente
e me leva a lugares escuros e tristes.
Por momentos é como se fosse um imenso vazio...
Fico deprimido e me sinto sozinho...
Mas chorar não adianta, pois ali ninguém pode ouvir.
Mundo paralelo, dimensão imaginária...
Onde só me resta a companhia de uma pequena árvore...
Não sei o que ela significa...
Não há frutos, mas muitas folhas verdes...
É o verde mas vivo que já vi...
Mas ela não pode me esconder do sol...
Tão pouco me aconchegar com sua sombra ao seus pés...
Está apenas ali inerte...
Cresce muito lentamente...
Quanto tempo estamos juntos aqui?
Sinceramente não sei...
Apenas senti vários invernos...
E agora renovou-se suas folhas...
Deve ser primavera...Já não sinto mais frio.
Será que um dia nascerá nela frutos?
Será que meus pensamentos serão reais...
e não mais uma mente tão dispersa e inquietante?
Me resta esta silenciosa companhia, e o desejo de que cresca
Para que suas folhas verdes finalmente me tragam sombra,
e desse calor dos próximos verões me proteja.

Morreu de amor.



Ontem eu falei do amor...
mas você não me ouviu,
e eu chorei aqui sozinha...
mas a dor foi minha companheira.

Eu chamei por você, mas foi em vão...
só a solidão me atendeu...
E eu chorei sozinha...
Adormeci pensando en você...

Mesmo que fosse apenas um sonho...
juro que desejei que fosse...
Você aqui comigo,
mas eu chorei sozinha...
E acordei desejando você...

Caminho perdida pelas ruas...
Em cada rosto procuro seu olhar...
As vezes até sinto seu perfume...
Mas é meu coração me enganando outra vez
e choro sozinha, imaginado você...

Daria tudo que tenho...
por um só segundo ao seu lado...
ouvir palavras doces...
mas choro sozinha
na certeza de não ter você...

Desisto da vida...
Como respirar sem sentir o seu cheiro?
Como abrir os olhos sem ver o seu rosto?
E choro sozinha, vendo o último fio de luz
sumir aos poucos a minha vista
até a última fraca batida do meu pequeno coração...
E nem um adeus vou te dar...amor.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Um campo, uma bola, uma rede

A todos os boleiros...

Por que é tão entusiasmante correr atrás de uma bola e tentar colocá-la nas redes? Será que é isso que me deixa feliz? Quando puxo as meias até o joelho, e entro fardado no campo, armado para a guerra, e vejo que pessoas me vêem, e que confiam em mim, um frio na barriga sobe, uma adrenalina toma conta do corpo e você decide que TUDO que quer fazer é comemorar um gol.

Jogamos futebol porque somos apaixonados por isso. Nada mais passa na cabeça, nada tira a concentração da bola. E tudo é só um jogo que muitas vezes você terá que dar o sangue, pois sabe qual é a recompensa disso? Felicidade... Nada mais do que a felicidade, porque quando você pega a bola e corre em direção ao gol, fica frente ao goleiro e chuta pro gol... Então parece que tudo fica em câmera lenta, e quando você vê a bola tocando as redes e as estufando uma alegria grandiosa toma conta do seu corpo, você corre gritando e desabafando pro vento, seu companheiro de time vem correndo em sua direção e te abraça, o time vibra... só de pensar nisso já sinto calafrios, a verdade é que sim, eu sou um apaixonado, só penso nisso, ninguém me atrapalhe, não me acordem do meu sonho, porque sim, eu sou mais um apaixonado por futebol.

Diego Pause

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Hiato de idéias, caiu meu ego...



Sei que ando meio distante...
Sei que meus pensamentos andam conflitantes...
Também sinto medo...
Também tenha dúvidas de onde quero ir...
Nem sempre tantas idéias, significam novos poemas...
Também perco a esperança, sou humano.
Ando triste e calado...
E nem sei o porque...
As vezes até magôo sem querer...
Se sumir fosse o melhor caminho...
Se realmente fosse possível...
Será que eu iria?
Será que acharia minhas respostas?
Será que iria cessar a dor?
Descobri que tenho coração...
Não é tão forte como eu pensava...
Derrubou meu orgulho...
Vi todo ego ser consumido em poucos segundos...
Era tudo que eu tinha...
Meu ego enorme...
Vou ter que recomeçar tudo...
Mas por onde?
Nem sei como...
Me sinto pequeno...
Não tenho mais minhas muralhas...
Isso da muito medo...
Me deixa aflito...
O que posso fazer agora?
Se sou mais frágil que essas palavras...
Como vou ter coragem agora...
Sem a couraça que eu tinha?
Onde foi parar meu grande orgulho?
Por que tinha que cair?
Será que será melhor assim?
Ou logo tudo voltará ao normal...
Ou esse é o normal?
Se for, sou mais fraco que presumia...
E me escondi por tanto tempo...
Atrás de um grande ego...
Que hoje acabei perdendo!
Nesse começo e final de dia.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Memórias da infância.




O dia me apresentou uma certa sensação de nostalgia.
Lembranças, memórias, pensamentos da infância.
Um certo momento de saudade e solidão.
Por um segundo revi amigos, revivi sorrisos,
lembrei de lágrimas, de alegrias, de tristezas,
senti abraços, cheiros e gostos.
Foi como um sonho, mas, estava acordado.
Lembrou-me de como fui e sou feliz,
como sonhei e conquistei sonhos.
Lembrei das pessoas queridas,
dos momentos que brincamos, corremos e cantamos juntos.
Como os dias se vão rapidamente,
como as pessoas vem e vão em nossas vidas.
Como amamos e deixamos de amar com a mesma intensidade,
como choramos e sorrimos, tantas vezes e jamais desistimos.
Como a vida deixa marcas, como a vida deixa amigos,
como a vida pinta retratos, como a vida faz nos sentir
cheios e alegres por viver.
Esse foi meu momento bom, lembrei de tantas coisas,
que só aqueles que se permitem tentar amar,
podem sempre que fechar seus olhos, com alegria relembrar.

domingo, 12 de setembro de 2010

Sofro por tanto te amar.



O tempo que passamos juntos
não queria que termina-se
mas não posso evitar os erros
que comentemos.

As respostas ditas
poderiam ter sido mudadas
as palavras fortes
poderiam ter sido trocadas.

Não posso me iludir
e falar que está tudo bem
não quero parar
mas não quero perder.

Cada dia parece uma despedida
andando em volta dos erros
chorando por não ter acertado
chorando por não ter acreditado.

Entre tantas pessoas
Por que fui amar você?
Não me importa a minha resposta
Mas me importa a sua reposta.

Pois foi por seu olhos que se apaixonei
o sei cheiro que sempre desejei
a sua pele que inibriado de amor toquei.

Talvez jamais te esqueça
não vou me mentir.
Talvez jamais te veja
não irei se iludir.

Essa noite tive um sonho
como sempre você estava linda...
Porque isso meu Deus,
não consigo deixar de amar você.

A cada instante que passa
morre um pedacinho meu,
se vai uma lembrança sua
e atordoado fico sem rumo.

Nem sei porque te amo
e isso já não interessa mais.
Já estou conformado
de ser consumido por esse sentimento.

Amar demais tornou-se meu pecado.

Esse poema, é uma parceira entre meu amigo Thallys e eu, espero que gostem e que seja a primeira de muitas.

Romeu e Julieta...



Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie
e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma
saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre
ocupada; se ele tem assistido as aulas de inglês, se aprendeu a entrar na
Internet e encontrar a página do Diário Oficial; se ela aprendeu a
estacionar entre dois carros; se ele continua
preferindo Coca-Cola ; se ela continua preferindo suco;
se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados;
se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor;
se ele continua cantando tão bem;
se ela continua detestando o MC Donald's;
se ele continua amando;
se ela continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos; não saber como
encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento;
não saber como frear as lágrimas diante de uma música; não saber como vencer
a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer.
É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos
por isso... É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais
bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer.
Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você,
provavelmente, está
sentindo agora depois que acabou de ler...

Te Amuh :x


Poema escrito pelo meu grande amigo, Thallys Brandão Vieira.

Amar é só se ferir...





Já sentiu tristeza sem motivo algum?
Ou simplesmente não aceitou o motivo?
Derramou-se lágrimas de meu coração,
abriu-se uma ferida, nem sei a razão.

Nada doe mais do que não poder chorar,
não conseguir demonstrar o que sente por dentro.
Fico apenas pensando e correndo,
tantos maus sentimentos.

Ah, mas se o coração fosse de pedra,
ao menos seria inabalável.
Não teria a mágoa que agora sinto
nem esse maldito amor que cresce com tanto afinco.

Agora me sinto cansada, exausta
de tanto refletir, não quero mais sentir.
Droga de amor, que so me corróe
e insiste tanto em me ferir.

Por momento já basta, lamentar e aqui chorar
vo tentar continuar viver...
...sem esse mal inútil
que é viver tentando deixar de amar.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O último diálogo, um pensamento...



Que diálogo a conciência humana teria com o último homem?
Falaria sobre os ideais de liberdade e igualdade conquistados a preço de sangue por muitos?
Ou descreveria a barbárie, as guerras e destruições ambientais proporcionadas pelo extremo consumo?

O que pensaria esse homem, o que faria se pudesse retornar e pregar ideais?
Que tipo de ensino essa conciência lhe proporcionaria ao logo de horas de um monologo histórico e instrutivo?

Será que esse é o destinado cenário, de algo pós-apocalíptico, ou um sonho vão de um pensador?
Há respostas para essas perguntas?
Seremos um dia apenas resultado de nossa tão abalada conciência viva, que jaz sozinha sem seu corpo morto?

Que tipo de maldades e desastres ainda nos proporcionaremos?
Quais os ensinamentos que iremos guardar para esse inevitável encontro?
Qual será o resultado desse diálogo?

Por que tantas perguntas nos intrigam, sendo que nos mesmo construímos as respostas ao longo dos séculos.
Somos nos fruto dessa conciência, e provedores de um futuro, ou de apenas um interminável diálogo sem fim.

Nada esse homem poderia fazer, tão pouco só recomeçar.
Mas ficaria a mercê de tantos erros lhe trazidos por essa conciência.
Choraria só, relembrando de seus antepassados.
E do que nunca poderia concertar, a inevitável destruição, de sua própria...
conciência humana.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Saudade de você.




Minha declaração de amor deve soar de forma sutil.
Pois sinto a falta de você em todo tempo.
Mesmo quando esteve perto era inútil.
Sentir saudade de você tem sido meu maior tormento.

Mesmo se eu obtivesse tudo
ainda sim, sem você nada teria sentido.
Quando deito, logo você me vem em pensamento
e um sorriso me ilumina o rosto.

Quero te escrever coisas que nunca escrevi,
palavras que até desconheço.
Fico sonhando acordada a cada instante do dia
sem perceber as horas se vão
até se findar o último raiar de sol.

Lembro quando caminhamos de mãos dadas,
e o vento agitava meus cabelos.
Se fecho os olhos é como se vivesse aquele instante
e até seu cheiro doce eu sinto novamente.

Você é um pedaço de mim
a parte que continua viva.
Você sempre será a luz dos meus olhos
 o sentido infinito que me faz ter vida
e acordar para cada novo clarear de dia.

Por que ao seu lado o tempo passou tão rápido?
Te espero sem demora, ansiosa e aflita.
Pois quero muito reverte, com um afago te aconchegar
 e em meus braços te acalentar.

Com esperança te aguardo da janela,
não importa a espera, pois irei te reencontrar.
Sinto sua falta...

Mesmo que passe o tempo o amor jamais perde sentido.
Quando há alguém se entrega o coração,
nele fica esculpido a mais linda obra que é a paixão.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Seja o que seja, mas seja você!



O que tem de legal em ser 100% normal?
Por que só o que é "certo" soa prudente?
Será que as ideias loucas não podem ser condizentes?
Não seriam assim os sábios loucos racionais ao acaso?

Nem sempre a resposta certa completa a alternativa,
mas o melhor caminho que te leva sem feridas,
torna um pensamento seu próprio modo de agir
e faz de mim um louco que gosta de se ferir.

Separo como quero o que me convém
dou as respostas que julgo necessárias.
Mas prefiro ser eu mesmo somente em minha presença,
pois o tolo e fraco de mim não merece clemência.

Leia e terás cultura
assim discutiremos com mais agrura,
os males da vida e o ópio dos homens
mentes pequenas passando fome
a procura de esperança, sem nem saber aonde.

Mas versos são apenas versos...
Assim dira o incensato,
pois a este nada resta
a não ser palavras sempre modestas.

Precisa ter sentido em toda afirmação?
Ora, pense não use apenas chapéu!
O tudo faz sentido mesmo sem o nada?
É claro que não, se completam com razão.

Não quero ser 100% normal,
quero ser pensante, e de ideias cativantes.
Quero sonhar, fazer-se desejar
toda sorte do que bem quiser
e cada louco pensamento quando puder,
idealiza-lo nem que seja nesse verso
sem nem ao menos ligar se soa moderno,
ou se é velho como folhas ragadas em um caderno.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Um sorriso que me faça amar...





Um dia desejei alguem diferente
um rosto que me desse um sorriso
e aquela paz que nunca encontrei
que me fizesse feliz
caminhei muitas ruas
mas nada podia ver
e cade a paz que nunca encontrei?
O coração engana o tolo que quer amar
e isso é uma ilusão
perdido, sempre perdido
acho que nunca me achei
acabei apenas desejando.
Eu nem sei quem sou
nem talvez quem viesse a ser
apenas ando solto
sem ter onde chegar
na verdade nem sei de onde parti
nem o que faço.
Ontem foi como um sonho
e aquele olhos que brilhavam...
Mas sempre irei estragar tudo
não sei amar nem sentir
e o coração há tempos parou de agir.
Seria essa uma canção de expiação?
A culpa dos meus pecados
tirou de mim o amor
deixou somente a dor
e cade a paz que eu nunca encontrei?
O último suspiro é o alento
o que alma quer falar
mas nem pode mais agora
apenas recente a falta de um novo dia
em que descobrisse um rosto
para então enfim poder amar...
Quem sabe de novo...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Canção que me faz voar II



Não compreendo Deus
há tanta coisa que não sei
teu propósito, tua vontade
o quer de mim, quem sou?

Faço tantas perguntas
Meu coração ta sangrando
preciso da Tua mão.

Palavras me faltam pra expressar
parece tão simples querer Te desejar
mas as vezes não consigo.

Senhor da-me Teu colo
Teu abraço eu preciso.


Sou tão jovem, sou criança
pequeno demais para seguir
mas sei que Tua destra me sustenta
agora vou correr
vou voar para perto de Ti.

Há um caminho para seguir
uma porta estreita que está aberta
irei nela até te achar
te encontrar Papai, te buscar
até o fim.

Porque os bons desfalecem
porque o justo sofre?
Porque é tudo tão complicado?
Eu quero a Tua presença
eu preciso
Desejo ir além, de tudo que eu sinto.

Caminhar na areia



Ando perdido pela praia pensando em ti
vejo as águas tocando meus pés..
O ontem podia ser diferente
e o amanha um sonho
mas águas ainda tocam meus pés...

Caminho perdido
e vago sozinho por esse caminho
desejo te irracionalmente
mesmo com as águas tocando meus pés...

Deixo meus passos na areia
ela ta tão fria
igual como quando você me disse adeus
por que águas continuam a tocar meus pés?

Fui um tolo eu sei
você teve todos os motivos
perdi todas as palavras
sou tão vazio longe de você
e as águas tocam de leve meus pés...

Longe no horizonte a lua diz olá
juro que vi teu reflexo
juro que senti teu cheiro
como rosas...
Em um só suspiro
tive você de novo aqui,
enquanto as águas tocavam meus pés.

Não quero refletir, será?



Você já tentou compreender a vida?
Eu não...
pra ser sincero até desconverso.

A vida já é dura o suficiente
para se acordar todos os dias cedo.
O pior é ver que nada mudou, exemplo?
O sol continua la em cima...

Quer outro?

Todo começo de semana é segunda-feira,
bem que poderia ser quarta...
e o fim de semana, certo o nome já acusa
fim...
passa tão rápido,
poxa, eu espero cinco, cinco intermináveis dias,
e ele dura dois.

Falando em segunda-feira,
já tentou ser engraçadinho com alguém mal humorado?
Pois é, não tente...
é prejudicial ao seu bom humor.

Acho que cansei de escrever versinhos
rimar “a” com “inho”...

Cansei de dar bom dia...
sinceramente, e cada cara torta que prefiro desejar logo
Ei, tenha um mal dia, pô!!

Claro, que tem aqueles que são tortos por natureza,
esses não tem culpa...

Mas o que eu ia dizendo mesmo?
Ah, a segunda-feira é uma droga
verdade, pensa só comigo
serão 24 horas de um interminável
sentimento de ressaca, ressaca do domingo...

E quando o time perde, nem me fala
não se pode usar a camisa a semana inteira.

É nesses horas que olho pro meu cachorro,
é, pro cachorro...
pensa, o camarada dorme o dia todo,
ganha comida de graça,
e tudo que ele precisa fazer é latir no portão,
e sabe de uma coisa?

Ele não late.

Entre mortos, salvos e feridos
fico por aqui mesmo, e voltando la em cima
ao assunto inicial, prefiro mesmo desconversar
o Negocio é saber gozar a vida,
ou melhor gozar dela,
é, não é pra rimar mesmo.

Então...uma gota azul...


Era uma simples folha branca,
mais parecia uma imensidão de ideias...
todas desordenadas
perdidas, incompletas
por serem enfim rabiscadas.

Foi quando apareceu uma caneta...
era linda.
Dentro dela muitas letras
esperando para serem feitas.

Então uma gota azul
manchou a frase pronta
perdeu o amor escrito
foi se um pequeno poema.

Mas os belos sentimentos
não foram feitos para serem rabiscados
devem ser vividos, queridos e desejados.

No caso de serem pintados,
que virem uma bela canção...
dessas que tocam no fundo
e arrebatam o nosso coração.

Versos simples




Quando se fala o que se sente,
não importa em que língua tudo é dito.
O olhar, o toque, o sentimento,
todos ultrapassam “infinitos”.

Palavras mal ditas são apenas letras soltas.
Ate machucam, mas o vento trata de dispersar.
Os olhares são como retratos.
Mesmo com os anos, pra sempre
permanecem guardados.

__

Como pode uma caneta,
tantas ideias guardar?
De sua ponta tão pequena,
tantos lindos sentimentos expressar?

Não sente o peso das palavras
é frágil, e pequena.
Mas em sua docilidade
faz o amor valer a pena.

Versos para ler ao pôr do sol II




Um simples raio de sol,
não aquece apenas.
Tão pouco simplesmente ilumina.
Um simples raio de sol,
não só irradia.
Também traz vida
alegria...
satisfação, e também contagia.
O que poderia ser melhor?
Que um lindo dia de sol!?



Sentado na varanda, vi o dia passar.
Uma brisa suave vinha me visitar.
Dialogava com os pássaros
e um belo soneto podíamos cantar.

A tarde mesmo longa, depressa se vai
quando os pensamentos, deixamos bater asas e voar
E mesmo quando ao longe se perdem,
logo voltam acompanhados de canções alegres.

E assim com belos versos
momento sereno, tão belo
me levanto, desse simples banco
e ando; mas até quando?!

Por hora me despeço
e com esses tão simples versos,
desejo de coração
votos sinceros de alegria
e que fiques então, com eles
em sua companhia.



Tão logo quero escrever,
versos serenos e com carinho dizer.
Palavras doces, rimas suaves
Frases que soem...
como um gostoso afago...
como um abraço, um osculo no rosto
um gesto de amor
que sejam ao seu agrado.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Pequeno sarcasmo.




A inutilidade de alguns momentos me consomem...
mesmo sendo o ócio o êxtase do tédio diário.
Nesse momentos encontro rara inspiração
de chutar a bunda do mundo com delicadeza.

É tolice agradar os nobres
e sua falsa ideologia do que é puro.
No final todos nascem
e morrem...
pois só há um futuro.

Amo ser sarcástico
me livra de ser inerte
nem de pajear qualquer tolo
e sua inocente e falsa cultura
com ou sem dolo.

Prefiro dizer qualquer coisa
mas me nego a total ignorância
de quem tenta criticar
sem qualquer redundância.

Por fim te deixo meu desprezo
o melhor que posso te dar com apreço
receba com carinho
pois não é sempre que sou
assim tao bonzinho.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Surdo e calado.




Uma vez escutei a voz que vinha do coração,
lembranças de tardes tristes, cinzas e chuvosas.
Incrível, combinam com o outono seco,
e suas árvores nuas nas calçadas.
Me restou ignora-la,
sentimento teimoso e perspicaz.

Algumas canções nos influenciam,
outras nos fazem apenas chorar.
Há sempre um desejo impertinente,
martelando a alma e o coração da gente.

Em um desses tombos me apaixonei
acreditei nisso piamente.
Ah! Sei que não devia...
Mas o amor insisti em acompanhar
pequenos tolos e frágeis
que não sabem amar.

Delirantes estes pensamentos?
Nem tanto...
Realistas e depressivos.
Mas o amor também sabe andar sozinho,
e pregar peça algumas vezes...
Por isso agora ando calado
e não ouço mais essa voz
que vem aqui do lado.

domingo, 8 de agosto de 2010

Alguns versos tristes


Por que escrever se já não há quem leia?
Por que montar versos e estrofes, que como coisas velhas
em um sotão, mofam jogados e esquecidos dos anos?

Cade o prazer pela leitura?
Para que?! Ficou tão fácil somente ouvir,
ou pegar coisas prontas...
Por que rimar poemas estúpidos?
Se posso ouvir versos tolos e
piadas fracas sem esforço?

Foi o "tempo" do poeta e
aqueles que ainda assim se dizem.
Nasceram no ano errado...
Ou teria sido o dom equivocado?

Hoje me entristeço,
porque escrevo coisas que estão jogados
sem apreço.
Não há admiração, nem quem os prestigie...
Mas o vacuo do tempo e espaço;
só é até um crime...

Não sei se continuarei a escrever...
Talvez haja esperança, de que logo se esqueçam
do modernismo excessivo e controverso,
e como quando eram crianças
 voltem a ler, recitar poemas e lindos versos.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Não há vergonha em sofrer de amor.



Tenho vergonha de dizer-te: eu te amo!
Medo de tua reação.
Se ao menos eu soubesse que me amas,
diria eu te amo, até perder minha razão.

As vezes o mundo conspira ao contrário
e me afasta de tua presença.
Mas há momentos que estamos tão próximos
que esqueço de todas as demais ausências.

Sei que pareço bobo ao seu lado
me sinto sempre envergonhado.
Deve ser seus olhos, ou quem
sabe esse seu lindo sorriso,
que sempre me deixa deslumbrado.

Sinto seu cheiro até em pensamento
e imagino seu cabelo ao vento.
Não vejo a hora de te reencontrar
tomar coragem e correr pra te abraçar.

Dói assim sofrer de amor,
sem saber se é correspondido,
mas por ti meu amor é infinito
que nem me importo amar
assim escondido.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Canção que me faz voar.




E assim deixo a música me levar
posso gritar, de olhos fechados até voar.

Quero ir além do que eu posso ver
alcançar distancias impossíveis
e tocar por um segundo o azul do céu.

E eu vou gritar, o mais alto que der
vou rasgar todas as barreiras.

Nada vai me impedir, não!
Vou onde eu quiser.

E eu grito não!
Nada vai me impedir!

E eu grito não!
Vou voar mais alto!

E a música vai me levar
e eu vou cantar, sem jamais parar.

E mesmo que você não acredite
eu correrei, e no fim saltarei
ao lugar mais alto do que eu!

E sei que posso.
Eu vou gritar não!
Nada vai me impedir...

Só há uma canção
e nela vou voar.

Eu juro, vou tocar o céu
e nada vai impedir
de eu flutuar.