sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Despedida



Não me pergunte a razão dessas palavras.
Nem o que sinto, se sinto ou se é ilusão.
Não me pergunte o sentido, nem os motivos.
Nem queira saber minha direção, pois...
ali não achara um coração.
Não peça palavras novas, nem sentimentos novos.
Não deseje aquilo que não posso te dar.
Não crie falsas esperanças...não sonhe te peço.
Não tente achar alguma coisa, nem imagine coisas em vão.
Não fique ai se ferindo, não tente me dar seu coração.
Não quero nada, pois de ti nada preciso.
Não espere um obrigado, nem um até logo, pois não terá.
Nem tudo tem que ser dito, nem tudo vai ser vivido.
Entenda, ou não entenda se assim preferir...
Apenas não se iluda.
Sim, me diga adeus, é o melhor a ser feito.
Pois nunca me verá outra vez, nem terás alento
Se de uma vez por todas, para de me olhar com tanto apego.

Do alto da Pedra




Sentado la no alto da pedra eu chorei,
ali no cume do meu mundo eu despejei...
                                       [todo meu sofrimento]
Não queria nada além da brisa,
a alegria de ver as ondas tocarem nas pedras...
desenhando lentamente seu lindo contorno...
                                       [com um doce toque]

Respirei bem fundo, imaginei uma nova alvorada,
uma nova certeza, um novo sentimento.

Em todo esse tempo achei nunca ter aprendido amar...
Pensei ser uma reles criatura fria...
Mero engano, nos mortais somos providos de amor...
É como um vício, o mal necessário da humanidade.

Foi nessa certeza que me peguei...
Sorri...depois de anos, sorri...

No alto da pedra pude ver o sol...
Ele brilhava sorrindo para mim.

Levantei...abri meus braços...
E de olhos fechados eu voei...
voei como as gaivotas perto de mim...
                                    [seria um delírio?]

Do alto da pedra eu vi o céu azul...
Do alto da pedra eu pulei em meio ao mar...
Do alto da pedra, e desejei de novo...
                                    [voltar a amar]