quinta-feira, 29 de março de 2012

Olhe sempre bem para os lados.



Sempre há algo errado com as entrelinhas.
Mas para quem esquece os óculos pode ser difícil de ler.
Então fico com as meias palavras ditas.
Ou com a infinitude de um olhar.
Pode até ser que um coração fala.
Talvez até a alma possa implorar.
Que confusão que é o tal dos sentimentos.
Há quem o ache estranho por não saber o que é.
Talvez ele seja um caso a ser estudado.
Talvez o amor seja mais complexo que possa suportar.
Respostas são exatas na matemática.
E há quem possa até disso discordar.
Ame então ou sei lá, faça o que quiser.
Ou não faça que é até menos complicado.
E quando fugir, olhe bem para os lados.
Vai que seja atropelado.
Pelo cupido, que flecha os distraídos apaixonados.

Versos das manhãs de Março...




Quando eu fechar os olhos, que eu possa ver estrelinhas.
E que logo fique estampado um sorriso no rosto.
Que o vento sopre suave.
Que a luz do sol ultrapasse minhas palpebras cerradas.
Se uma lágrima cair, deixa que caia.
E se ali parado eu me perder...
Que eu não outra vez me ache.
Que nada me ache.
Que ninguém me ache.
E então quando de leve eu sentir o corpo voar...
Que nada me segure.
Que ninguém me segure.
Então vou deslizar nas nuvens sem medo.
Sem anseio.
Sem arrependimentos.
Só não sei até onde vou.
E nem quando vou abrir os olhos.
Nem sei ao menos se é mais um sonho.
Ou apenas outro poema.
Que escrito nesse momento...
Me tira lágrimas e e risadas...
Sem sentindo, sem dor e sem lamento.

sábado, 24 de março de 2012

Olhar bem mais que distante




Coisas inexplicáveis de alcançar...
Que até soam impossíveis...
Um sentimento que até parece pertencer a outra vida.
Desejos imensuráveis...
Ai de mim.
Se um abraço abraçasse mais que o mundo...
Se sonho acordasse uma realidade inexistente...
São muitas as coisas sem explicação.
São muitos os sentimentos estranhos.
E muitas são as lágrimas por saber...
Que uma outra vida...
É inconcebível de ter.

"Lacuna inc."


Quando inventarem uma forma de mudar minhas lembranças.
Mude todos os meus sorrisos tolos.
Mude as vezes que fui magoado.
Mude as mentiras que ouvi.
Recolha minhas lágrimas mal derramadas por sentimentos desnecessários.
Tire os rostos indesejados de minha memória.
Leve embora o gosto das "iguarias" e bocas mal lavadas.
Mude a lembrança do toque de mãos, hoje por mim desprezadas.
Apague fotos.
Apague números.
Leve também a dor do meu peito.
Apague também a lembranças dos que ainda insistem em me procurar.
Mas se mesmo assim eu não sorrir.
E mesmo que o coração continue desfalecendo.
Leve embora então minha memória.
Apague de mim a existência.

terça-feira, 20 de março de 2012

Tentando encontrar respostas.



Desconheço tantas formas de amar...
Talvez o amor seja indefinível.
É nada compreensível amar por amar sem motivos.
O amor responde a um dono em particular?
Há quem pertencer? Há quem amar?
Ame, ou use sua razão para definir o que sente.
Qual a melhor escolha?
Há que te faça alcançar o alguém importante...
Uma que te faça perdidamente se apaixonar...
Pelo mesmo alguém e olhar...
A cada manhã e nova manhã.
Há cada pequeno respirar.
E que faça todo sentido.
Quando da boca expressar:
"- Eu te amo!"

sábado, 10 de março de 2012

Escravos de Jó, será?



"Passa, passará e quem de trás ficará..." Ops errei a letra.
Cantei um verso de menino.
E sorri na lembrança da tenra infância.
Eita menino arteiro, traquinas que não dá sussego.

Puxado sempre pela orelha...
Cuidado que o dente cai, menino não mente mais!
Fugiu da vara de marmelo...
Correu o moleque maroto todo quarteirão.
Olha que fujão!

T-um, t-dois, t-três e...
Olha que vou te achar...
Meu espirito de criança.
Será que está escondido em algum lugar?
Será que volta...se não volta então te busco.
E assim talvez alguém volte a sorrir.
Lembrar do menino espoleta e hiperativo.
Que hoje escreve esse verso...

Queria ser pra sempre um garotinho.
Sem saber que a vida é de verdade...
"ciranda cirandinha, vamos todos cirandar"
E apenas rir de tudo, e nunca deixar de sonhar.

Sim, aceito um café...


E com a visão de quem vê além do quer ver...
Que estende os braços além daquilo que pode alcançar.
Sonhando sonhos impossíveis de serem vividos.
Abre os olhos e deseja mais do que tem.

Quem é que sabe o que acontece no fim dessa tarde?
Aonde está a promessa que foi feita?
Corre com todas forças mas nunca atinge o final.
Fecha os olhos e derrama uma lágrima doce.

Está em processo de criação.
Cria a criatura o criador criado.
Fala falando, falante o falador.
Abre os braços sem chance de abraçar o que não tem.

Veio, e ontem já era tarde.
Queria o que quero querendo tentar receber.
Onde estava quem disse que o amor é crime?
Amar no passado já soa tão ultrapassado.
Amar pra que? Vicio extremamente indesejável.

Encerramento, termino e fim!
Rima rimando os versos sem razão.
Acabou acabando com mais uma sentença.
Versos de Março, escrito na noite de tédio e veneno, ou seria café?

sábado, 3 de março de 2012

"Desinventar"



Eu já inventei tantas coisas.
"Desinventei" tantas outras...
Fiz amigos e perdi outros tantos.
Ainda sou criança.
E nem sei contar direito.
Tenho medo do mar...
Mas amo cada gota de chuva que cai em meu rosto.

Há tempos eu sonhava acordado.
Hoje já nem sei se sonho mais.
E quem sonha?
Recordações...
Coisas de menino sujo de terra, com cheiro de "bergamota".

Eu enterrei uma caixinha de papel no terreno da casa da vovó.
Uma caixinha de desejos e esperanças!
Será que ainda estará lá?
Ou o tempo tratou de consumir...
E quem já um dia enterrou?

Lá na minha antiga rua tem uma árvore.
Nela eu gravei meu nome...
Nela gravei vontades de um menino.
E correndo ali ao redor na naquela calçada...
Construi coisas tão boas...
Que já nem sei mais se existiram...
Ou se foi mais um sonho bobo.

Ontem e escrevi uma pequena frase.
Hoje ela deu vida a uma estrofe.
Agora eu escrevo um até breve.
E amanhã talvez um outro poema.
Ou quem sabe tu desta vez escreve?