domingo, 17 de junho de 2012

Partiu.



Vago, apago...
Vazio, perco...e nada trago.
Alma, palavras...chorando me distraio.
Coração, porção do amor que não veio.
Tu, tão incerto quanto o certo da dor que tenho.
Vago, apago o vazio da alma em meu coração, que tu me deu.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Antiga nova presença.




Era como se a saudade chegasse.
Um sentimento estranho de nostalgia.
Começo a me fazer perguntas.
Perguntas que não posso responder.
E no monólogo da minha consciência.
Me sinto cansado e frágil.
Estranho sentimento esse que chegou.
O toc toc dele me causou calafrio.
E nas incertezas desse novo visitante.
Me apego ao fio de luz que resta.
Saudade que veio sem demora.
Por mais que tento te dar as costas.
Retorna com maledicências a mim impostas.
Falsa companhia a sua, da agonia já estou farto.
Cala te e não te finjas.
Sabes que do coração não somos irmãos.
E a tua melancólica presença.
Não será minha final ausência.
Pois logo que ignoro te.
Buscarei no futuro que se apresenta.
Um sorriso que liberte minha prisão.
Espero, e o tempo comigo estás.
Prendendo minha fé ao findar desse encontro.
E no amor do novo reencontro.
Hei de sorrir com paz desejada.
Espero, sim espero.
E no silêncio do antigo retrato.
Aguardo o novo que serás.
Uma nova presença aqui.
Nessa pequeno e escuro quarto.


sábado, 9 de junho de 2012

Presente antecipado...




Ouço teu pedido...
Ouço tua prece...
Sabes que tenho te por apreço.
Sabes que amo te por meus gestos.
Escrevo te então esses versos...
Faço rimas, exponho minha sina...
De escrever quase sempre sem sentir.
Mas a ti...
Sim por ti...
Os versos precisam nascer verdadeiros.
Na timidez de quem não sabe falar de amor.
Desenho por ti essas pequenas palavras.
Que o mais lindo dos poemas...
...sem sentimento, ou apenas por ser escrito...
...jamais poderia lhe dizer.
No mundo das poesias nascidas, essa tão simples frase...
...todo o sentimento diz...
Que pra única flor do meu jardim...
Gritar assim:

EU TE AMO!

Também significa...
Que só você é tudo para mim.



PS: Amor, ainda vai me cobrar seu poema??   \(^c^)/

terça-feira, 5 de junho de 2012

Em algum lugar por ai perdido.




A folha amarelada que o vento sopra.
E os flocos de poeira que batem na janela do quarto.
A tarde fria e vazia.
O inverno do meu passado.
O dia cinza e tempestuoso.
O silêncio insurdecedor.
A mente vazia e o coração cheio.
A saudade brotando nas frestas do pensamento.
A areia da praia molhada e mole...
As pegadas formadas e perdidas em segundos.
Um caminhar calmo e solitário.
Um verso feito, mas esquecido.
Os rostos que vem e vão indo.
O entardecer de sol...
Que agora se finda sorrindo.
A casa.
O quarto.
A janela.
O silêncio.
O amor.
A saudade.
A dor.
A lágrima...depois da lágrima o medo.

domingo, 3 de junho de 2012

Desconheço.



Eu não sei encontrar sentimentos escondidos.
Não sei dizer palavras com sentido.
Tão pouco frases de efeito, com letrinhas coloridas.
Não sei cantar uma canção de ninar.
Nem aconchegar em noites frias.
Desconheço o amor correspondido.
E tão pouco a paixão entorpecida.
Sou criança grande.
Sou adulto pequenino.
Sou como uma olhar cinza e enuveado.
Como a pipa perdida na tarde de ventania.
Sentando só em minha morada.
Olho pro céu azul tristonho.
E com um assovio.
Espero...
As respostas, e os sonhos.
Escondidos, nas entrelinhas do teu livro.

sábado, 2 de junho de 2012

Melodias.



E quem é que faz falta...
...ou que falta faz quem já partiu?
Jogue fora o retrato...
...pinte um quadro em preto e branco.
Rasgue palavras velhas e sem sentido...
...escreva um rascunho do passado perdido.
Chute as ondas cheias de espuma...
...molhe as calças e não remangue ideias novas.
Crie e recrie, faça e refaça, invente e grite...
Gritos são cânticos sem melodia.
A melodia é a alma fazendo música.
Musica é o poema com melodia.


Falsos personagens.




Palavras estragadas, são como comida vencida.
Pessoas duvidosas como esponja enegrecida.
Sentimentos que enraivecem...
Polidos, esses espertos nos conquistam.
Suas palavras são perspicazes...
E como a cobra e a maçã.
Deixam marcas e feridas.
Perigosos são esses personagens...
Olhares marcados de malícia.
Sentimentos no mínimo dúbios...
Levam até mesmo de nós.
A alma e o amor que nasce puro.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

O Choro e a reza.




Chorei como se fosse uma reza.
Sentado sozinho com palavras vãs...
Perdendo se em imagens borradas.
Mãos entendidas, mas inalcansáveis.
O choro feito a reza...
Reza feito pranto.
Lágrimas como sangue.
Sangue jorrando da ferida.
Ferida aberta por palavras.
Palavras a mim impostas!
Impôs a tristeza da partida.
A partida, a saudade que nao foi benvinda.
Mas benvindo foi o amor.
Amor de uma carta marcada.
Cartas que nunca foram respondidas.
Nos outonos da minha vida.
Um abraço frio e distante...
...ficou marcado em mim.
E de longe, perdeu-se em agonia.

Como um papel rabiscado.



O papel marcado a mim dedurou.
Os versos que fiz em segredo.
Do amor escrito com medo.
Do olhar que dei se perdendo.
Os versos pensandos em minha insônia.
Por que a resposta assim se perdeu?
Eram as rimas assim como palavras de um ateu...
Incredulo fico, na ausência de resposta.
Murchando como flor que jaz sem água e nem sol.
Aqui ficou as lágrimas de um amor.
Que foi escrito, e cantando...
Aos olhos do poeta sonhador.

Vamos juntos sorrir?



Descobri que fazer sorrir...
Vai além do que é engraçado.
E mesmo quando como palhaço
Paro como um bobo ao seu lado...

Sorrio com palavras premeditadas.
Sorrio com labios serrados e olhar tristonho.
Sorrio como um estranho.
Com palpebras esculpidas e fechadas.

Há quem faça sorrir aos tolos.
Há quem sorria por não saber.
Pode sorrir também sem pagar.
Sorrindo segue rindo a rima sem acabar.

Mas o amigo que te faz sorrir.
Esse é tesouro raro de se achar.
E com ele as gargalhadas nascem.
Com ele, o tempo tudo satisfaz.

Sorrio com meu amigo.
Que é pra mim o mais divertido.
E quem sabe sempre sorrindo.
Seremos os dois como bobos...
Sempre juntos o mundo colorindo.