terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Capitu



Daquele olhar que me consumiu.
Guardei na memória uma imagem.
Um sorriso bobo.
Cheiro que não saiu da pele.
Do olhar misterioso.
Do abraço, e do beijo mordido.
Vou recortar do dia a lembrança.
Vou fazer dele um poema.
Eternizar nesses pequenos versos.
Do olhar de "Capitu", hoje tenho conhecimento.
Aqueles "olhos de ressaca".
Que me consumiram por dentro.

Minhas próprias ilusões




Permaneci calado por dias.
Mudo de pensamentos.
Ausente de sentimentos.
E sem ouvir o som da chuva lá fora...
Adormeci em minhas próprias ilusões.
E na solidão das tardes passageiras...
Fui sumindo aos poucos.
Mundo em preto e branco.
Dor vermelha carmesim.
O cinza do meu quarto.
E o colorido do teu encanto.
Quadros, memórias.
Lá na calçada da rua tem teu nome escrito.
Na memória da minha infância...
Um sentimento por ti, que nunca foi dito.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Jamás será

Jamás pidas de otra besos ni caricias,
solo mis manos te darán la extraña sensación de saciedad
que buscas en cada vuelo.

Quiero poseer de ti cada centímetro de piel
y dibujar en invisible la intensidad de mis besos.

Dame en tus brazos la bienvenida
y el final de cada día.
Te daré en mis labios el sabor de aquella primavera.
Y seré en ti la gacela que corre con intensidad,
la mariposa que encanta tus ojos
y la flor nocturna que te llena con su aroma.

Tu, el ave que deseo encontrar,
la frescura de alta mar en el mediterráneo. 

Jamás busques el amanecer en otra estación
que aun la más oscura noche te llevará a mi brazos.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Antologia do escuro


Tão logo fechei os olhos.
E do escuro fui refém.
Sozinho e preso com minha consciência.
Calado e confuso, rimei.
Escrevi uma pequena frase.
E outra...
E outra...
Todas sem qualquer sentido.
No final do êxtase desses pequenos rabiscos.
Concluí: "Será apenas mais um poema".
Li, reli... Então apaguei, reescrevi.
E aqui neste escuro tão silencioso.
Uma nova antologia de poemas fiz então.
Algo que talvez não seja lido...
Mais um verso, deste pobre moço.

Passos


Da janela eu vi a chuva.
Na chuva eu roubei alguns versos.
Nos versos eu fiz juras e promessas.
Em cada promessa, desenhei um novo sonho.
Dos sonhos, trilhei novos caminhos.
Em todo caminho, deixei perdidas algumas lembranças.
Das lembranças...Sempre um saudade.
E é quando a saudade vem, que ali da janela...
...Da janela eu vejo a chuva...
Esta que está caindo lá fora.

O Mundo preto e branco.


Aqui, não tão perto o bastante.
Criei um mundo para te ver sorrir.
Talvez não foi o bastante...
Quem sabe, as cores não eram como
diamantes.
O pecado foi desejar demais.
E do desejo veio em mim a insanidade.
O louco amor que cega.
O doente amor que rega...
Como gotas. Quase uma sede insuportável.
Querer, como além de apenas sobreviver.
Substituindo meu ar, quem sabe meu ser.
Aqui, não tão perto...
Mas agora tão longe.
Existe as ruínas de um mundo...
Preto e branco.
Morto e vazio, em um silêncio,
completamente inebriante.


terça-feira, 19 de novembro de 2013

"Naquela esquina"



Os gestos marcaram o fim.
E nossas palavras deixaram muitas feridas.
O tempo era inimigo.
E já nem nos olhávamos mais.
No fim dos dias não éramos nós dois.
Quando mirei suas costas naquela tarde.
Eu disse adeus com lágrimas dentro de mim.
Vi você sumir aos poucos a cada passo...
E quando te perdi na primeira esquina.
Perdi contigo meu motivo de esperança.
Ainda desenho seu rosto com pequenos rabiscos.
Ainda compro todo dia o mesmo bolo.
Ainda olho pro lado quando acordo.
Todas as tardes eu paro sempre na mesma calçada.
E olhando para "aquela esquina".
Ainda aguardo o teu retorno.
Dizendo:
- "Amor, brigar não..."
Ainda...
E ainda...
Um dia... Novamente "naquela esquina".



Ontem.



Se eu pudesse ouvir...
Uma vez novamente.
Apenas por alguns instantes.
Sem fingir.
Sem sorrir por sorrir.
Sem chorar.
Apenas mais um segundo.
Se eu pudesse ouvir...
A sua voz chamando por mim.
E se no tempo eu pudesse viajar.
Eu iria até as estrelas para te encontrar.
Ah, se eu pudesse...
Apenas por mais um instante.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

A porta.




A porta que sempre esteve aberta...
E a certeza daquele amor que sempre está!
O nada além de mim.
Além daquele que sempre esteve aqui por você.

A porta da qual você sempre teve
todas as chaves...
Do coração que por ti sempre fez loucuras.

Por quanto mais esperou?
Por quanto mais se entregou?

O coração que se partiu.
Fechou a porta.
A porta que já...
Não mais estará por aqui.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Mountain View...


Quem é você, que aqui sempre está?
Curioso te imagino a observar...
O que aos teus olhos esses versos podem representar?
Sempre me pergunto...
Quando sei que por aqui estás a passar.
Imagino se sorri...
Talvez uma lágrima por vezes saia...
Será?
Não sei quem tu és...
Mas quem sabe tudo para ti faça sentido.
Nestes versos...
Em cada poema triste...
Em cada frase de amor...
Que o menino escreve.
Que é você, que aqui sempre está?
Curioso, realmente curioso...
Te imagino aqui a me observar.

Espero...



O que irei encontrar?
Lá! Depois da luz no fim daquele túnel.
Quais palavras te irei sussurrar?
Tão perto! Quando nosso dia acabar.
Que gosto terá o beijo?
Da volta! Depois que dermos as mãos,
na tarde de domingo.
Já nem sei mais...
Te espero.
Tão logo, com o tanto que te quero.


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Subliminar, agora é pra você...


Se está ai ao menos responda.
Diga que me vê.
Diga que me deseja.
Hey! Está aí?
Tenho medo de aranhas e et´s, o que fazer sem você?
Você crê no que acredito?
Nunca sei se anda realmente comigo.
Nunca soube dizer que te amo.
Esse é meu jeito.
Cobro tanto de você...
O que vê nesse menino?
Ainda continuo aqui fazendo esses poemas.
Para ouvir que se orgulha...
Sinto sempre sua falta...E sempre irei sentir...
Só nunca sei como mostrar.
Hey! Por que não veem aqui?
Você sente igual o que eu sinto?
Tenho medo do céu escuro e de palavras que não posso retirar.
Não sei dizer o que sinto.
Por isso escrevo...
E subliminarmente em cada novo poema eu te desejo.


Lovephone


Quão longe e distante pode o amor estar?
Liguei de dentro de minha mente.
Mas o coração não atendeu.
Teimoso no mudo ele esqueceu.
Continuar amar e chorar...
Quão doido pode estar?
E voando e caindo...
Me espedaço.
Rasguei minhas últimas vestes.
Quão fraco posso ficar?
Mas eu amarei.
Eu vou sempre amar...
O coração continua ocupado.
E a mente a discar o número...
Mas...ocupado...ocupado...

Research


Palavras que a eternidade não cicatrizou.
Amor eu pensei.
Que quando eu gritasse seu nome, você diria.
Eu estou aqui.
O mal veste formas que desconheço.
O sorriso que deixei foi amarelo e frio.
Amor eu jurei.
Um dia estar aqui por você.
Mas passou.
Então gritei por você.
E você não estava mais aqui.
Me dê um "seu" mais.
Volta ainda que não veja.
Esteja aqui na próxima esquina.
Amor eu quis.
Seu colo, seu cheiro em mim.
Então grito por você.
Adeus eu então escutei.


Desenho de violão


Dedilhei no violão...
Lágrimas em forma de canção.
Olhando para o dia cinzento.
Desenhei nele um sol cercado de nuvens.
Pintei um céu de azul anil...
E na pequena paisagem.
Um verde pasto, acompanhado de flores, mil.
Dedilhei nela uma nova canção.
Lágrimas não.
Olhando para o dia agora colorido.
Encontrei minha nova paixão.

"Bem baixinho"



Eu deveria conter as palavras...
Rabiscar "bem baixinho".
Não seria bom ser assim tão notado.
Nem ter um coração a ti exposto.
Eu deveria rasgar meus versos.
Deveria apagar do vento minhas rimas.
Nem de longe...
Nem tão perto...
Melhor o silêncio, aliado a tua indiferença.
Melhor o vazio...
Que essa paixão não correspondida.
Já tão rotineira.

Tempestade



Sou tão pequeninha...

Uma abelhinha.

Voo para as flores...

Procuro pelo mais doce dos perfumes.

E da linda flor o doce néctar tirar.

...? Não! Só quero te cheirar.

Deixa-me florzinha me aconchegar...

Quero no teu doce me deitar.

Beija, Beija, me Beija... Pequena flor

teu afago, teu aconchego...

Teu amor do vento levou.

...? Não! Deixo contigo todo meu carinho.

E levo a doce lembrança...

Do teu doce que me adoça.


Florzinha!


By Isa Braga e Luiz Pause


Poema de número 250 publicado no Blog!!!! ^^

Perdido





O céu que ontem eu já não tinha mais...
Atordoado fiquei no caminho que escolhi.
Do coração sobraram retalhos.
Da memória fragalhos...
Do teu amor o nada.
Carros, vozes, pessoas ao meu redor.
Do mundo que ontem tinha e já não tenho mais.
Ficou a dor...
A saudade de um algo mais...
Que agora não verei jamais.

Sempre...





O tempo arrancou de mim...
O olhar que eu via nas noites enluaradas.
Do meu corpo saiu o perfume...
Do meu coração saiu todos os pedaços.
Quando eu choro por ti...
Eu morro um pouco mais.
Quando chamo por você...
Eu me perco ainda mais.
Como um menino doente...
Pelas ruas ando perdido.
E quem sabe lá estará...
No próximo rosto que vou encontrar.
O seu...
Dizendo pra mim:
-Amor eu irei voltar...

OBS: Poema inspirado na música Always - Bon Jovi

Simplesmente voar




Palavras são passarinhos / Saem da minha boca / 
Como saem do ninho / Elas querem voar / 
Querem bailar / Querem se aconchegar / 
No carinho do teu ouvido / Mas não prendam-nas / 
Não escondam-nas / Claro! Elas querem a eternidade / 
Querem páginas / Mas querem olhos / 
Para assim reviverem / Querem mentes / 
Para assim sobreviverem / Querem corações / 
Para assim baterem / Minhas palavras são passarinhos / 
Que voam do ninho / Que crescem / 
Mas nunca envelhecem / Pois haverá sempre / 
Um alguém para rejuvenescê-las...


By Isa Braga

Meu eu em você



Queria te ter gravado / 
Guardado nos meus olhos / 
Te esconder na alma / 
Salvar tuas palavras / 
Reviver cada segundo / 
Sentir o teu toque / 
Somos sincronizados / 
O tempo parou / 
O coração acelerou / 
Sinto sua falta / 
Sinto sua presença / 
Quem sou eu sem você?


By Isa Braga

Depois das cinco






Acordo e vou caminhar /
Ainda são cinco / 
O Sol ainda não raiou / 
Passos lentos / 
Bom Dia, Sr. Padeiro / 
Dê-me quatro pães / 
"Deixe disso menina" / 
Disse-me ele / 
"Aqui vão os pão" / Ele disse / 
Retorno para casa / 
Penso no pãozinho extra / Será que ele percebeu / 
Que encenamos / Um dos poemas / 
Que mais amo, / 
Lembra?


By Isa Braga

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Caminhar




Você não para
Não pensa
Sua vida caminha
Não vive
Sobrevive a realidade
Você só passa
Não extravasa
Nunca vi o seu "eu"
Onde ele se esconde?
Só vejo um corpo
Não vejo uma alma
Na esquina da vida
Você vai ver
O sono eterno
Será o começo
Irá iniciar sua vida.

Menino calado.





Da menina fiquei enamorado.
Mas longe eu estava...
Não sei se sabe de minha existência.
Sou menino envergonhado.
E tímido me mantenho calado.
Fico olhando, e calado desejando.
Ao seu lado caminhar.
Depois poder sentir sua mão.
Quem sabe um beijo então?!
Alienado esse amor me faz.
Porque sozinho no coração.
Cada dia cresce mais minha paixão.
Mas sem saber ao menos seu nome.
Fico ao longe sonhando.
Poder somente dizer, que te amo...

O tempo e a reza.






Do males que a saudade me traz.
A falta do teu abraço, doe demais.
Da falta que a saudade deixou.
O gosto do teu beijo me roubou.
Sentado lá fora no canteiro de esquina.
Contei carros, bicicletas.
Mas tua imagem continuava dispersa.
Fiz juras, fiz planos, promessas.
Mas meu anjo não ouvi minhas rezas.
Dos amores que a vida me levou.
Fostes ainda a única... Que o tempo não curou.

Doente de amor




Estado, confuso e cansado.
De olhar distante e aflito.
Na raiz de todos males o amor.
No coração o remédio convicto.
Ao teu lado é...
 meu único alívio.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Meu doce despertar






"Acaba o jornal / Eu vou me deitar / 
Fecho os olhos / Tudo começa a escurecer / 
E dá escuridão / Surgem meus temores /
Mas sou forte / Tenho poderes / 
Florestas são erguidas / Torres de livros / 
Castelos de abelhas / Batalhas de estrelas / 
Furacões de rosas / Sou feita de vento / 
Sou rainha do templo...Mas um clarão surge / 
E tudo vai desaparecendo / E ouço o tilintar do relógio / 
Já é o hora de acordar..."


By Isa Braga

sábado, 5 de outubro de 2013

Teu velho retrato.



Do eu em preto e branco.
Fiz um retrato.
Do sorriso enferrujado.
Olhar distante.
Marcas tristes, e pedaços.
Cacos de vidro no chão do quarto.
Do silêncio que deixou consumir.
Ficou a alma cansada.
E nas lembranças desse esboço.
Um rosto tão triste.
Da falta de vida e afago.
Nas entrelinhas do velho retrato.




Flutuar





Vou te convidar para flutuar...
...Lá no azul do céu.
Quero ao teu lado tocar as nuvens de algodão.
E quando a noite chegar...
...Pegar na ponta das estrelas.
Quando na sua mão eu tocar...
...E pra longe ao teu lado então voar.
Uma nova história de amor vamos juntos contar!
E em cada novo sorriso...
...Cada novo olhar teu.
Mil juras de amor...
...Pra sempre irei te dar.
E assim com meu coração.
O teu, eu irei tocar.

O Mundo.





Tudo e nada.
Pétalas caídas todas molhadas.
Cheiro amargo do perfume.
Camisa rasgada.
Amor perdido em encruzilhadas.
Detêm os passos.
Abafa o grito.
Faz da lágrima o alento.
Faz do coração um sustento.
O nada é tudo.
O vazio, meu mundo.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Recado ao (a) querido (a) leitor (a) *-*




Esse post não é um poema meu. Vou dedica-lo a algumas pessoas que passam por aqui:
De Montain View, na Califórnia, e de Nagoya, Japão. Fico sempre muito curioso de saber quem vocês são, e agradeço por darem um pouco de atenção a estes simples versos meus, sempre todos na contra-mão.
Deixo um poema de Fernando Pessoa, que responde bem, de onde vem a razão de eu escrever. Até!



Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração. Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.

Por isso escrevo em meio

Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é,
Sentir, sinta quem lê! [Fernando Pessoa - 1933]

Teu encanto.





Ah! Os teus encantos...
Doce ilusão agora meu pranto.
De longe o perfume...
Olhar tanta gente ao teu redor...
Deus! Morro de ciúme.

Ouvir teu "olá"
Um som que vira em mim meu respirar.
De longe um adeus.
Pra onde vai meu coração morar?

Ah! Os teus encantos...
Amarga incerteza, eu canto.
De longe teu charme me chama.
Olhar ao redor e  te perder.
Meu triste engano.


terça-feira, 1 de outubro de 2013

Meu oceano



Alguns segundos de desespero.
Lágrimas que caem no vazio dos meus dias.
Queria olhar no fundo dos teus olhos.
Andar contigo no colorido mágico daquele velho arco-íris.
Mas como isso?
Não tenho ao meu alcance suas mãos tão pequenas.
Nem faço parte do pequeno espaço que restou do teu coração.
Não faço parte de ti.
De longe fico te desejando.
Olhando perdido, pro cinza claro do meu oceano.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

"...It's friday, I'm In Love"





Odeio suas mentiras...
Nas segundas que não te vejo sorrir.

Quando levou meu coração...
Naquela terça sem ao menos dizer adeus.

Desejei morrer ao findar do dia...
Mas chegou a quarta e eu ainda te queria.

Faço planos, e novos juramentos...
Irei fugir na quinta para mais perto de você!

Dependente de tudo que lembra você...
Sou escravo do teu olhar.
Completamente viciado, sem vergonha ou escrúpulos.

É sexta-feira e acho que estou apaixonado....

Não importa se o mundo é escuro.
Nem importa se roubou de mim quem eu sou.
Não importa se já não tenho teu sorriso.
Porque é sexta, e estou desesperadamente apaixonado.


Obs: Baseado na música Friday I'm Love, The Cure.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O mal que te dei.









Teu amor é um mal necessário.
Tão dolorido, incerto e confuso.

Ficou gravada a memória nesses versos...
A figura de linguagem...
de um amor inventado, que há muito já se foi.
E por aí anda disperso.

Perdido nas entrelinhas, lá fora.
Há a incerteza dos dias.
Aqueles que parecem ainda mais machucar.
Mas foram varridos da memória.

Sentimentos como esses que se vão...
O medo, a saudade, até mesmo a paixão.
Nem sei se há!

São como o vento passageiro dos dias de verão.
Tocam de leve mas machucam.
E quando essa brisa tornar a soprar...

Faz com que a mim mesma eu volte a perguntar:
E se o sol amanhã já não brilhar?

E se dessas lágrimas aqui escritas...
O (nosso) mal necessário acabar?

sábado, 31 de agosto de 2013

Infinito


Lá do pé daquela árvore...
Sentado, contemplando outro findar de dia.
Escondi cada um dos meus medos.
Deixei, cada um dos meus anseios.

Lá do pé daquela árvore...
Gritei para o infinito.
Encarei cada segundo...
Desafiei o novo mundo.

Lá do pé daquela árvore...
Desejei um começo de dia.
Onde a lágrima não mais faça parte.
Onde a solidão com o vento se reparte.

Naquela árvore marquei meu nome.
Nela marquei também o teu.
Ali fiz uma jura.
Que o teu amor para sempre será meu.

adeus...




O som, o grito...
O espelho, as lembranças...
Um sorriso, dele a lágrima.

No vazio, o silêncio...
No coração, as marcas...
Um olhar, dele a tristeza.

O abraço, o medo...
As costas, a certeza...
Um adeus, o fim.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

No dia em que a Terra parou.




Quando escutei o seu adeus, meu coração paralisou...
E por segundos eu parecia morto, sozinho aqui em meu mundo torto.
Tive medo...
Como um menino chorei sentado no canto da sala...
Igual ao dia em que a Terra parou.
O dia em que nasceu o nosso amor.
Lembra?
Quando teu olhar cruzou com o meu.
E sabíamos que nada mais, e simplesmente ninguém nos venceria.
No dia em que a Terra parou...
Eu encontrei o meu amor.
Ela sorria como a luz da lua cheia de mais uma outono cinzento.
Ela me queria...
Do mesmo jeito em que desejava a sua pele macia.
No dia em que a Terra parou...
Você foi toda minha...
Eu fui apenas teu.
E o furor de um amor tão fugaz.
Preencheu a atmosfera do teu quarto.
Ah! Se pra sempre você fosse minha...Suspirei.
"Pra sempre serei tua..." Ouvi dos lábios teus.
O tempo.
O coração sangrou.
No dia em que a Terra parou.
Mas hoje começa um novo dia.
A noite, uma nova lua.
Porque a Terra gira como dantes.
E desse amor eu fui deixado, excluído.
Porque amores como o nosso, tu disseste.
Se repetem como ciclos sem fim.
Mas somente e tão somente quando a Terra enfim gritar de novo.
Como no dia em que ela parou.


sábado, 29 de junho de 2013

Um amor, nossos erros...





Na quimera da saudade...

No silêncio dos nossos planos.

Como menino indeciso eu gritei...

E no meu amor tão errado

Hipócrita eu te julguei.

Duvidei de seu amor...

Joguei no mar o teu sorriso...

Desprezei tuas palavras

E cheio de mim insisti em minhas falhas.

Me perdi, te perdi...

A dor do amor desperdiçado...

Fez de mim nada mais que um coitado.

E lá do fundo de minha miséria.

Eu vi de longe teu sorriso...

Tua mão macia que me puxava...

Incrédulo eu te perguntava...

Por que?!

Com uma gota de lágrima você respondeu...

"Eu me apaixonei pelos seus erros..."

terça-feira, 25 de junho de 2013

MI HOY CONTIGO


Las gotas de lluvia 
caen sobre mi árida tierra
e inundan con sonrisas mi mirar.
En cada gota y en cada lluvia, 
en cada esquina sin sol,
Tu sonrisa se queda, 
tu perfume se impregna.
El dibujo de las perlas,
con su brillo y resplandor,
son las cosas en mi mente 
que me hacen continuar.

Ahora voy con la nube 
que velozmente me lleva 
por el camino que una vez nos vio.
Y transito entre gentes, 
las calles que tus pies desnudos vieron.
Aquella repentina brisa 
trae consigo el sonido de tu alegre sonrisa,
y aun después de este tiempo, 
ese árbol sigue ahí,
pero ahora la madurez ha enriquecido sus frutos.
La cerca de madera también recuerda tu presencia,
con el grabado de tu nombre.
Y aquel farol, 
que ilumino mi camino hacia tu boca la primera vez,
sigue en pie, 
aunque desgastado se ha mantenido erguido.

Qué extraño pensar que la ciudad crece cada día
y sin embargo ésta pequeña porción ha quedado para mi.
Como si el tiempo se hubiese detenido 
al pasar por cada lugar donde tu aroma se ha guardado.
cada lugar, donde se incluye mi corazón.

He comprado con pétalos de rosas blancas ese callejón,
tu alma fuerte aún lo llena.
Aquí quiero envejecer, con tu recuerdo, sin tu adiós,
a donde el tiempo nunca llega. 


segunda-feira, 24 de junho de 2013

Negro azul oceano



No poema que me escreveu...

Azul negro eram os versos meus.

Nos versos teus o caminho que percorreu

A aventura de um amor que já há tempos morreu.

Minutos que passaram como horas...

E a paixão que sentimos, era nenhum motivo pra voltar.

Na estrofe que foi apagada, apenas sinto a falta de você.

No verso que componho agora, vejo...
 
(ou revejo?)

Espero, espero e nada tenho...

Azul negro é o meu oceano.

Nele navego por caminhos e imagens suas... 
 
(nossos caminhos?)



quinta-feira, 30 de maio de 2013

Efeito imperfeito.



Algumas pessoas me soam tão chatas.
Algumas frases as vezes perdem o efeito.
Na verdade nada pode ser tão perfeito
Que um verso imperfeito escrito por acaso.

E mesmo nesse instante deslumbrante
Logo esqueço por onde comecei.
Mas termino sem muito o que dizer
Nesse poema que no caderno preguei.


Insanidade.



A saudade é um sentimento previsível
Batendo em minha porta com frequência.
Lamentável dizer que é plausível
Sentir essa febre voraz com inocência.

Quero lembrar da despedida
Mesmo que está ferida se torne meu fim.
E buscando escutar do coração a última batida.
Começo contemplar nos céus querubins.

Foi o fim, minha última oração
Meu olhos não mais contemplarão.
Entrego a saudade meu fôlego de vida.
Adeus triste mundo, perdi de vez a razão.

Na última estação.





O doce som outrora esquecido
Do amor perdido na última estação.
Faz de mim um menino ferido
Em um triste fim em minha murmuração.

Hei de profetizar minha desgraça
E cavar da terra minha sepultura.
Cale-se meus lábios com está mordaça.
Pois há ainda luz a está altura?

Passo, um passo, e deixo vago o amor
E contemplando o céu sem cor.
Entrego minha esperança
Ao tão exigente tema que é o amor.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

O resto da alma que se foi.



Ontem minha alma morreu pela última vez.
Deixei de acreditar em outra coisa qualquer.
Agora sigo passos na areia.
Os passos que dei na direção das incertezas.
Já voltar não é opção.
E vagando em direção ao nada que foi escrito.
Vou derramando cada gota que resta das lágrimas que deixo.
Procurando encontrar onde me perdi.
Onde foi que tornei a errar.
Achava que aprendia com os anos.
Por algum tempo achei que havia amadurecido.
Mas ainda sou criança.
Ainda sou tão ingênuo e imaturo.
E depois de tantos dias maus.
Continuo a nadar contra a corrente.
O que espera daqui para frente?
Já nem sei.
Pois o que tenho aprendido com meu erros.
É que certamente, irei errar mais uma vez.

sábado, 13 de abril de 2013

Oi pessoal!!!!

Olá, sei que tem muitas pessoas que passam por aqui toda semana, mesmo não deixando seus comentários, mas sei que estão sempre lendo as loucuras que escrevo.
Obrigado! Já se foram 4 anos no último dia 27 de março, e nem sei o que seria se eu não pudesse ter esse espaço pra escrever!
Agradeço a todos os comentários, e essa é a última postagem desse blog...
Vou mudar o endereço, talvez outro dia quem sabe, eu deixe algo por aqui outra vez... Para aqueles que sempre leram deixo ai o novo endereço:


Obrigado mais uma vez!!!! Um grande abraço!

sexta-feira, 12 de abril de 2013


"Ainda lembro-me da tua barba mal feita, roçando meu pescoço e me fazendo suspirar. O som da tua voz, que sussurrava baixinho ao meu ouvido, palavras quase secretas de um amor impossível. Lembro-me do teu sorriso e de quando eu era o motivo dele. Lembro-me de cada detalhe em você. Daquele sinal na tua coxa, que eu sempre fazia piada. Dos jogos de futebol, do seu desgosto por chocolate, da sua mania de borrar meu batom, das suas crises constantes de ciúmes por alguma bobagem e de como você fazia de mim a pessoa mais feliz desse mundo. Lembro-me da primeira canção que cantou pra mim e quando tentou me ensinar a tocar algum instrumento. Sempre acabávamos entre beijos e abraços e esquecíamos do resto do mundo. Eu queria que você valesse a minha insonia, o meu medo e minhas lágrimas. Porque eu sei que deveria desistir de você, mas a tua voz não permite que eu me ausente da tua doce presença e esqueça que teus beijos são os melhores do mundo.Teu abraço não deixa meu coração quieto, e faz com que ele acelere, até que você finalmente perceba que me tem na mão. E eu me perco nos teus olhos negros... E desejo te pertencer novamente. Me pergunto a todo momento porque não estamos juntos, e mesmo sabendo a resposta pra essa questão que me atormenta, prefiro acreditar que foi o destino que quis assim. Você não vale a minha insonia, mas ainda sim eu passo madrugadas inteiras acordada, apenas por uma conversa com você. Você não vale nenhum pingo das minhas lágrimas, mas eu choro a sua ausência sempre que você se vai jurando nunca mais voltar. Você não vale todas as chances que eu te dei até hoje, mas sempre que me pedes, te deixo voltar. Você pode não valer nenhuma dessas coisas, mas meu coração não sabe disso e talvez nunca chegue a saber. Meu amor por ti permaneceu invicto mesmo depois de todos os erros que cometemos. Terminar este texto dizendo que te amo, me parece o mais nítido dos clichês. Me parece tão pouco, dizer-te que és o amor da minha vida. Talvez seja pra sempre ou até a semana que vem. Mas eu te amo e foi você que me fez descobrir o verdadeiro amor. Posso sentir outras centenas de perfumes e outros mil abraços que nenhum deles será comparável ao teu. Posso provar outras dezenas de sabores que o teu ainda será o meu preferido.Você me parece um vício, te largar é viver em constante abstinência. Num dia desses qualquer, quem sabe você decida voltar. Ou quem sabe eu decida já não querer teu amor. Isso só o tempo vai dizer. A única certeza que hoje tenho, é que se voltasses eu largaria meu mundo pra viver no teu. Eu sinto sua falta, e por mais que pareça clichê: Eu amo você."

terça-feira, 9 de abril de 2013

Do outono da saudade.



Foi meu coração que entreguei.
E na manhã que nascia tão triste,
minha cansada alma então deixei.
Do outono que a saudade trazia,
um amor recordado no amarelo das folhas que caía.
Caminhando no jardim tão cinza e sem vida.
As flores mortas que nunca desabrocharam.
Ficou marcado no tempo, contra meu contento.
Essa mágoa e ressentimento...
da paixão que por ti senti e vivi,
que o coração teima em não jogar ao vento...
Sozinho...
Perdido...
Assim como morto, deixado o relento.

domingo, 7 de abril de 2013

A voz do coração.





Ele contou uma canção.
Olhando as estrelas.
Tão só quanto a letra,
sussurrava em versos tristes.
Em plena luz do luar.
Em cada lágrima que derramava.
Buscando em si mesmo prometer,
não mais crer em amar outra vez.
O coração é surdo.
E não irá ouvir sua canção.
O coração é cego.
E não irá ver suas lágrimas.
Mas o coração também é mudo.
E ele não ouvirá ele dizer:
"Não se apaixone, pois sofrerá outra vez."

sábado, 6 de abril de 2013

Teu sorriso...





Quando sorri ela cativa...
e no sorriso conhece quem és.
É no olhar que nasce a certeza...
tu és parte feliz de quem sou.
Mesmo tempo pouco, o pouco tempo...
Se respira, vivendo de ti tuas palavras.
A tentação de ser egoísta...
E esconder o que descobrimos.
O olhar e o sorriso.
Tua amizade.
Está fazendo tudo bem mais colorido.

"Poeta e sua oração"





Poeta dançando escondido...
com o silencia de sua inspiração.

Faz do sorriso colorido novo...
sem a palavra que na rua se perdeu.

Fez a rima mais linda...
deixou que o vento fosse seu dono.

Na memória que tem agora...
a inspiração do olhar que não pode entender.

Poeta que canta saudade...
faz do poema a esperança da nova amizade.

No abril chegado agora...
Fez a poesia bater a porta, não mais triste na demora.

Nas manhãs que acorda a saudade...
O retrato recorda a esperança perdida lá fora.

Poeta e sua oração, oração a nossa composição.