quinta-feira, 30 de maio de 2013

Efeito imperfeito.



Algumas pessoas me soam tão chatas.
Algumas frases as vezes perdem o efeito.
Na verdade nada pode ser tão perfeito
Que um verso imperfeito escrito por acaso.

E mesmo nesse instante deslumbrante
Logo esqueço por onde comecei.
Mas termino sem muito o que dizer
Nesse poema que no caderno preguei.


Insanidade.



A saudade é um sentimento previsível
Batendo em minha porta com frequência.
Lamentável dizer que é plausível
Sentir essa febre voraz com inocência.

Quero lembrar da despedida
Mesmo que está ferida se torne meu fim.
E buscando escutar do coração a última batida.
Começo contemplar nos céus querubins.

Foi o fim, minha última oração
Meu olhos não mais contemplarão.
Entrego a saudade meu fôlego de vida.
Adeus triste mundo, perdi de vez a razão.

Na última estação.





O doce som outrora esquecido
Do amor perdido na última estação.
Faz de mim um menino ferido
Em um triste fim em minha murmuração.

Hei de profetizar minha desgraça
E cavar da terra minha sepultura.
Cale-se meus lábios com está mordaça.
Pois há ainda luz a está altura?

Passo, um passo, e deixo vago o amor
E contemplando o céu sem cor.
Entrego minha esperança
Ao tão exigente tema que é o amor.