sábado, 29 de março de 2014

"Poesia sem nome"



A folha que cai no outono da vida.
Recita a saudade, por todos jamais esquecida.
A falta de cor da nova/velha estação...
Desenha de nós um retrato...
Regado pela nossa última oração!
Quimeras perdidas.
Infância esquecida.
Cantigas de ninar.
Fogão de lenha...
...e um cevado mate para decorar.
Do outono daquela vida.
Refizeram-se memórias.
Delas uma poesia...
Um verso...
Ou então, outro contra verso...
Ou qualquer falta de rima.
Do outono que chegou por hora...
Refiz sozinho esta história.
Que por hora termina...
Assim mesmo...
Sem ponto...
Exclamação...
Tão pouco, interrogação...

E acaba assim, como outra simples canção.

Da Gaiola que eu fiz


Passarinho na gaiola também voa...
Descreve os horizontes de sua pequenina imaginação.
Passarinho que canta na gaiola, também ama...
Declara sua poesia a amada...
Por entre arestas do seu coração.
Do frio desta prisão...
Da amarga gaiola/solidão...
Do infinito dos seus tenros sonhos...
Do pequeno alcance da sua visão.
Passarinho que vive solto na gaiola...
Também voa... Em cada nova troca de estação.



quarta-feira, 19 de março de 2014

Ironizando



Estamos “aniversariando” não que seja motivo de comemoração.
Mas, motivo de reflexão.
“Objetivamos”, conjecturamos, “hipocrisamos”, falamos, mal ou bem, mas falamos.
Refletimos...
Criamos, mesmo não entendendo, mas criamos.
Fomos provocados, revidamos.
Julgamos, martelamos, porque não compreendemos.
Achamos fácil.
Criticamos.
Criticamos.
Criticamos.
“Hipocrisamos”.
Ainda sim, continuo acreditando.
Lutando, sorrindo, buscando.
Sou careta, teimoso, talvez nécio.
Mas sou o que sou.
E que assim seja, (amém) sorte a vocês.

Prossigamos.
Prossigamos.

terça-feira, 11 de março de 2014

Mi ciudad anhelada




Detrás de la sombra de tristes mortales
Se observan los azules encriptados de los ojos que no ven.
Enlazados los brazos de quienes lo gobiernan todo,
Un espejo flotante muestra la conformidad
De un nuevo mundo que cambia langostas por pan.
Y veo en ellos las sonrisas del control
Mientras las llamas consumen la carne,
La red oscura esconde todos los peces del mar.
No hay alimento en este nuevo mundo.

Cuando los que no están se han marchado,
Los que ahora sobreviven saben que su Esperanza,
era la bandera de Fe que perseguían.
La libertad ahora es la que en los años oscuros
Han aborrecido desde las entrañas,
Y el sueño que brillaba en sus mentes,
El que han perseguido hasta este punto,
Se ha convertido en las cenizas 
Que dejan las llamas escarlata.

Si todo era un cuento, si Aquél una fantasía
¿Cómo entonces el presente que ahora viven
Se revuelve en el estómago y produce el más amargo dolor?

La angustia se hace eterna, los lamentos incontables.
El dolor corre por las venas y es insaciable.
Consume en cada transcurso el alma.
Porque Aquél que solo recibió de mi rechazo
Se ha convertido en mi Esperanza.

Ay! de mi cuando me hallen 
Entre los escombros de la nueva ciudad implantada.
Porque he corrido tras Aquél
Que ha restaurado mi ciudad anhelada.