domingo, 31 de janeiro de 2016

Coisas que se perdem


Tem coisas que a gente perde.
Assim como chegam...
Tão logo se vão.
Deixam recordações.
Fazem memórias.
Ficam atreladas ao nosso passado.
Vão embora sem adeus.
Como o findar de uma tarde de outono.
Se perdem.
Vagam não se sabe onde.
Sozinhas.
Tem coisas que a gente perde.
Dói demais no coração.
Deixam saudades.
Machucam o coração.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

O mundo nosso


Para uma "bestinha" são esses versos.
Que daquela noite não desconheço.
Os dias tendem a mostrar.
Coisas tão suas.
Coisas  minhas...
Coisas tão nossas.
Muito você, não entender.
Amar-te, muito eu.
Gostar forte, muito você.
Nunca brigar, muito a gente.
Quem será que ama mais?
Juro que não sei.
Amado, querido, meu bem...
Anjo, vida, você moça.
Tudo muito a gente.
Um mundo apenas nosso.
Um universo.
Novos planetas.
Histórias, fogueiras, o céu.
A Lua, as estrelas...
Do dono, da dona...
Viagens, os sonhos.
Longos diálogos, tão loucos.
Um lugar dele e dela.
Sempre e sempre, forte e forte.
Um lugar só nosso.




Bela flor


Olhar de um sonho.
Coração estremeceu.
Era a mais bela flor que voltou.
Chegando como a primavera florida.
Tão colorida.
Seu cheiro perfumou as madrugadas.
Trouxe um gosto de mel...
Veio iluminando esta nova quimera.
Fazendo moradas.
Era como naquele sonho.
Que esteve sempre perdido em meu olhar.

Por lá ficou


Lá bem longe, distante daquele amor...
Ficou deixado para trás.
Esquecido, um vaso de flor.
Lá naquele passado...
De alegrias perdidas na memória.
Abandonado, um retrato.
Lá, onde ninguém volta mais...
Casa velha, deixada por ti.
Está guardada a última carta.
Que me escreveu.
Tão lida por mim.
Foi embora...
A saudade se achegou...
De ti deixou apenas restos.

domingo, 24 de janeiro de 2016

Querência.


Quero uma casinha...
Lá no pé da serra.
Cercada de natureza.
Cheiro de mato...
Riacho e cachoeira.
Quero paz em meu sossego.
Quero harmonia e afagos.
Ouvir toda manhã os pássaros.
Acordar cedito, e tomar um mate.
Quero cheiro de churrasco aos domingos.
Canções que embalem a manhã.
A doce companhia, aquela...
Quero esta nova querência...
E ver as flores no desabrochar da primavera.

Deu saudade


A inspiração que veio agora.
Foi a dor quem me deu.
Trouxe junto com a saudade.
Esta que é velha companheira.
Quem a inventou nunca amou.
Quem a carrega chora escondido.
Deu saudade, sempre deu saudade.
Lembranças, um filme, uma canção...
Poetizar esse sentimento.
Remédio que a alma me pediu.
Tirar aquilo lá dentro.
Eternizar na poesia costumeira.
Tantas quimeras esquecidas...
Em um afago se perdeu...
Nos versos se foi...

Desconhecido


Tem coisas que a gente não entende.
Sabe, ouviu, leu, mas ainda desconhece.
As razões que o coração não aceita.
As paixões que a razão reprimi.
Há momentos que me perco.
E ambos não podem me ajudar.
Nessas destoadas da vida.
Fico vagando sozinho pelo escuro.
Vazio do não saber.
Ignorância de não ter desapego.
Mas...
Teimoso que era, que sou, serei...
Vou me apegar aos desenganos.
Deixo que sejam incertezas.
Momentos...
Tristezas, alegrias, sinfonias, o grito.
O que é certo ainda não sei.
Tampouco o errado.
Mas na vida, prosseguimos.
Escolhemos, erros e acertos.
Tem coisas que a gente não entende.
Mas...
Assim será, foi e é.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Adeus






O que é dizer adeus?
Qual a certeza do nunca mais?
Amanhã, ou talvez depois...
Mais tarde quem sabe.
As vidas se cruzam...
Os amores renascem.
Os sentimentos acordam, outrora adormecidos.
Incertezas, desta vida que quer parecer tão certa.
O medo que bate em cada peito apaixonado.
Amar ou não amar...
Odiar, ser consumido por algo tão mesquinho.
Nunca é tão longe.
Pra sempre tão piegas.
Dentro de toda esse amaranhado de ideias.
Apenas resta esperar.
Esperança.
Fé...
Que é dizer adeus?
Não ver-te nunca mais.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Palavras ao vento



Palavras que lancei ao vento.
Amores, dores, alegrias e desamores.
Estar vivo, sonhar...
A esperança de encontrar...
Aquele alguém, aquele abraço...
As palavras que lancei ao vento.
Saudades, aperto no peito.
O quarto, espaço vazio.
O cheiro forte do perfume.
A lembrança daqueles dias.
Mas o desejo de reencontrar...
As palavras que lancei ao vento.
Abraços, agora o vazio nos braços.
Lá naquela varanda, pintado como se fosse retrato.
A memória daquelas tardes.
As flores do jardim.
A árvore e seu balanço.
Tu...
Tudo que me falta.
Tudo que queria.
Como aquelas palavras ditas a ti.
Lançadas e perdidas ao vento.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Daquela noite


Ainda há quem nos faça bem...
Uma simples conversa que te encanta.
Agradável presença.
Apaixona, e arrebata.
Essa moça que se apresenta.
Ainda há almas gêmeas.
Perdidas que vagam por aí.
Ainda há quem as encontre.
Que as busque e sustente.
Alma doce...
Que respira paixões.
Respira amores...
Momentos de eterna efervescência.
Há...
Mas o que fazer quando as encontra?
As vezes chegam tarde demais.
As vezes apenas nascem tarde.
Por mais que isso doa.
Quero de longe cultivar.
Essa encantadora presença;
Que a vida trouxe sem querer.
Alma gêmea que por aí está.
Fique.
Quem um dia na outra vida.
Tenhamos momentos tão sublimes.
Momentos como estes que me traz.
De gratas surpresas ao passar dos dias.
Isso é confuso meu bem.
Mas...
Da tua presença quero mais.
Do teu carinho vou atrás.
O que faz?
O que quer?
Só o tempo que sabe.
Mas minha alma gêmea que encontrei...
Vou sempre continuar querendo mais.


quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Amores



Há amores fracassados.
Nascem sem esperança.
Iludem por um tempo...
Até fazem bem, mas aos poucos
se desfazem.
Esses amores nos consomem.
Machucam demais.
Demoram a sair.
Deixam marcas, como folhas de papel grudadas
ao se separarem.
Amores, que vem, amores que se vão.
Esse vai vem, acaba com qualquer coração.
Pois é...
Mas dessa tolice de amar sem medida.
Foram feitos os romances.
Os encontros e as despedidas.
Amores fracassados, amores mau fadados,
Amores da minha vida.
Dor, adeus e a partida.

Brisa



Manhã de sol.
Brisa do mar subindo...
Os pés que tocam na areia.
Me perco...
Deixo que o vento dite meus passos.
Recordações que vem.
Saudade...
Mas prossigo.
Sigo adiante de tudo.
As ondas quebram na pedra.
O barulho do mar me distrai.
A espuma na água que some.
O sol que queima minha pele.
Mas prossigo.
Deixo os devaneios me levarem.
Até onde?
Não sei.
Até ela, talvez.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Soneto da despedida



Dos beijos sempre quero lembrar.
Teu cheiro eternamente recordar.
Daquele abraço macio vou guardar...
Meu coração batendo acelerado, quase estourar.

Difícil dizer adeus, dói tanto a despedida.
Mas os momentos vividos...
Do colo amigo, a xícara de café.
Do suco de abacaxi, ao calo em meu pé!

Fazer bem é assim.
As vezes melhor partir, que ferir.
Nem sempre podemos persistir...
em algo que já deixou de existir.

O que nos resta?
Talvez o adeus, até logo, já volto, te vejo por aí.
Mas o certo, é que aquilo que vivemos.
Para sempre será só nosso.
Guarde no seu coração, e não esqueça do poema.

Agora, deixo um último recado:
Menina, te encontro nos sonhos...
Sentado na rede, lá naquela nossa lua...
Quando puder, por ali retorne.
Sempre que quiser, depois que dorme.

sábado, 2 de janeiro de 2016

Naquela manhã



A gota do orvalho, pela planta escorre.
O cheiro da mata molhada...
O barulho dos passarinhos.
O sentimento de acordar, em um dia sorrindo.
Falsos sentimentos, essa mentira que sinto.
Vou colorir minhas rimas...
Vou mascarar essa poesia ao mundo escrita.
Estou morrendo de felicidade...
Grande hipocrisia mundana.
Amor, que baita amor.
Do nada faz estrago...
Mas continuo a ouvir os pássaros...
O ver o orvalho que cai.
O cheiro da mata, com o café se mistura.
Doce amarga amargura!
Sorriso pintado na cara..,
Maquiagem falsificada...
Tão logo a lágrima borre.
Pois dos meus olhos agora escorre...
A costumeira lagrima corriqueira.
Esta, que já tem sido passageira.
Dois dias de minha agonia.
Mas, que fique um alerta.
Não ame!
Não se deixe levar.
Pois senão assim acabará... Atrelado a esse mal sentimento.
Preso a alguém que sem qualquer lamento.
Faz de ti um simples fantoche,
Machuca, agride e destrói.
Mas nem um motivo dá se quer...
Assim me arranca a alma, tira o folego do viver...
Mas amanhã...
E depois...
E depois do depois...
O orvalho vai descer pela janela...
Os pássaros vão cantar lá fora.
E vou tornar a chorar...
Se saudade, que vem e vai sem demora.

Aquele verbo, substantivo...



O que é amar? Pensou eu...
Seria amar, ter vontade de estar ao lado?
Ou seria a saudade de alguém tão longe?
Será que amar, é dizer "eu te amo" sem pensar?
Poderia ser, pegar nas mãos daquela menina a primeira vez?
Amar, é um verbo, amor, um substantivo, como pode isso?
Amor, de todos os tipos...
Amar algo tão difícil...
Então afinal de contas, como deve ser escrito?
Acho que desisto.
Só sei que dói.
Uma dor que não faz muito sentido.
Pois como pode algo que não é físico, causar tanto prejuízo?
Amar tá mais para uma maldição.
Algo que não é bom não.
Pois pensando aqui por um momento, cheguei a conclusão...
Se amo tenho saudade, e isso não é nada bom...
Se amo, as vezes da muita raiva, pois ela não me entende não!
Se amo, fico com ódio, daquele silêncio sepulcral.
Se amo, também choro, pois suas palavras como faca me cortam.
Se amo, me sinto inseguro, pois não quero ser deixado.
Se amo, tenho ciúmes, e que sentimento mais danado.
Se amo, fico triste porque não entendo você.
Então o que de bom há em tudo isso?
Que mal é esse que aflige essa gente toda, e também eu?
O que é amar? Deixo vos a pergunta...
Pra mim, um mal necessário...
Pai de todos maus sentimentos...
E que me fazem
escrever esse poema... cheio de dor e sofrimento.