sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Imperfeito


Só sei que nem tudo é perfeito.
Datas não coincidem...
Caminhos tortos.
Nada entrelaçado.
Amores vazios.
Silêncio.
Vidas distantes.
Eternos desencontros.
Sonho tão injusto!
Fique parado.
Keep your distance...
Não ouse.
Não ame.
Não me chame.
Não me machuque.
Nada perfeito...Tudo tão frio.

Coisa rara



E como se fosse um simples sonho.
Apenas um sonho...
Um dia raro...
A mais perfeita equação.
Como as estrelas que brilham.
Como o som do mar.
Mais que respirar...
Apenas um sonho...
Um dia raro...
Como o perfume que fica.
Um abraço...
Como o reencontro.
Mais do que aquilo que se precisa.
Um baile de fantasia...Músicas que encantam...
...como uma dança.
O mar brilhante desse céu estrelado.
Como o vento tocando meu rosto.
Apenas um sonho...
Um dia raro...
A mais perfeita estação.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Espelho


Cacos de vidro...
Coração tão frágil como um espelho.
Em pedaços espalhados pelo chão.
Pés cortados...
Lágrimas que caem...
Sangra o que há por dentro.
Sangra o que há por fora.
Nas mãos os restos desse alguém.
De um amor jogado fora.
De uma vida que se perdeu.
Da paixão que não existe mais agora.
Do pedaço de vidro que restou...
Um pulso se cortou.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Loucura


Teimo pensar em tudo.
Mas me sinto preso a esse vazio.
Ao longo das horas em que o nada aqui dentro vai crescendo.
Tão superficial.
Difícil em palavras descrever.
Angústia...
Tristeza...
Preocupação...
Algo sem proporção.
E cada dia que passa.
Deixa mais suas marcas.
Dor...
Saudade...
Não há como expressar.
Parece mergulhar em uma poça de tristeza.
Mas que de profunda só tem rancor.
Que de tão grande parece o mar da incerteza.
E esse furacão de sentimentos...
...tomam conta dos meus pensamentos.
Acho que já perdi a sanidade.
Parece loucura.
São tantas palavras.
De dor e amargura.
Que da poesia faço bagunça.
Faço o parto.
E refaço.
Buscando o amor...
Em cada nova loucura.

Melancolia.


Há dias que são pura melancolia...
Como boiar sozinho em um mar escuro.
E nesse buraco que surge no peito...
Que nem com palavras posso expressar.
Pareço até falar demais...
Desse sentimento que dramatizo nestes dias tão ruins.
Das más noticias que teimam em chegar...
Que parecem baquear o que sou.
Quisera poder ser mais forte.
Pois nesses dias é grande a fragilidade que fica em evidência.
Pois há coisas que tendem a me abater.
E das minhas amizades que parecem se perder...ás vezes ficam...
Palavras...frases...
...versos para escrever.
Parecem até um amontoado de roupas sujas...
Desses momentos que tanto fazem mal.
Que torturam.
Destes dias melancólicos.
Palavras que soltas não podem definir.
A dor que sinto hoje, da alegria minha que perdi por aí!
Da lembrança de quando estava feliz.
Mas a vida tem dessas...
Mal sabe a gente, que é só um preparo...
Para sentir novamente algo ruim.

Voe, nade...ame!


Mergulhe em um mar de palavras.
Se perca nas águas da poesia.
Permita...
Recite...
E torne a rabiscar.
Fale dos sentimentos.
Pesque as palavras com destreza.
Ame...
Permaneça...
No nosso mundo da poesia...
Voe.
Durma naquelas nuvens de algodão.
Faça da poesia...
Mágica.
Alegria.
A tua expressão!

Não amor


A dor de amar...
Presa no silêncio do teu olhar.
A saudade no som das tuas palavras...
Que para mim nunca e nem jamais serão ditas.
Do toque que veio.
Da distância...
Do teu cheiro...
O amor não correspondido, faz no todo um coração destruído.

...linda lua...


Linda lua de setembro.
Amarelo que brilha, luz que irradia.
Lua de encantos.
Mar de estrelas.
Calor da primavera que chega.
E nesta  noite...uma serenata.
Uma cantata.
Um verso assim sereno.
Doce como um encantamento.
Cada rima deste poema...
Feito por assim dizer a contento.
Na medida da luz do luar.
Linda lua de setembro.
Te entrego esses versos...
Encantado por ti, perdido em pensamentos.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

As lágrimas de um desamor.



"De tempos em tempos que me faço diferente...
Pra tentar ser um pouco menos ausente.  
De tempos em tempos que tento disfarçar as marcas de uma ingenuidade...
que enfim nem mais existe...
De tempos em tempos tento soletrar a vida e me dedicar a mudança que o mundo existe...
...fecho os olhos e apenas tento ser menos exigente. 
Apenas tento te fazer presente.. 
Enquanto a vida corre, as lágrimas de um desamor escorre...
Ah se de vez enquando, a felicidade voltasse, dela eu ia fazer mais um disfarce.
A maquiagem que todo dia faço, não esconde nem a metade de tudo que eu passo.. 
Ah de quem um dia me perceber, vai enfim perceber também, que isso só é a falta de alguém..."

Quer dançar?




Hoje eu te chamo garota.
Não posso deixar passar...
Pegue na minha mão...
Você quer dançar?
Aquele rock and roll dos anos 50...
Vamos olhar a luz da lua.
Vou te levar comigo...
As horas não irão passar para nós.
E como quem ama pela única vez.
Se perder na nossa noite sem fim.
Contigo vou dançar todas as canções.
E iluminado pelas estrelas...
Declarar a paixão que tenho por você.
E na última e derradeira dança...
Te beijar...
Querida, vamos dançar essa noite?

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Aquilo que o poeta sentiu





Em cada palavra há um sentimento...
Que fica incrustado em uma rima.
Rima essa que expressou
O que um coração autor não quis sentir.
Porém sentiu.
Porque rimas surgem de imaginação...
Juntamente de uma sensação...
De um sentimento que em algum segundo...foi sentido.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Coração...



Era uma vez um coração.
Sofria de hipocondría…
Mas seu maior defeito era a teimosia.
Em seus devaneios lutava contra dragões.
Era quixoteano…
Falava o tempo todo em saudade.
Há quem diga que era meio surdo…
Na verdade se fazia.
Calava quando não devia.
Gritava quando o silêncio pedia.
Mas era sonhador…
Vivia a declamar do amor.
Dizem as más línguas que sofria de amar.
Coisa de quem ama demais.
Na verdade ninguém o sabe.
Era doutor em conciliar
Sabia aconselhar muito bem.
Mas não sabia compartilhar tristezas.
Sofria sozinho.
Era uma vez um coração que era apaixonado.
Foi contador de histórias.
Amou mas não foi amado.
Curou mas não recebeu alento.
Sou tempo…
Mas herdou solidão.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Aquele livro.


Existe um mundo nas entrelinhas...
Um universo paralelo.
Há uma vida e seu desenrolar.
Um caminho todo para trilhar!

Há um ledo engano, perigoso...
No mundo dentro do espelho.
Há uma réplica daquele moço,
um cópia daquela donzela!

Há um romance sendo escrito...
Uma tragédia shakespeariana.
                                  que jamais será vivida...
Lá...no mundo das ideias.

Dos sonhos que nascem todas as noites...
Há uma história não escrita a risca.
O futuro que nasce morto!
O começo do fim, daquele livro...

Pelo poeta foi reescrito...
Sem maestria e todo torto.
Memórias daquele dia...
Abandonadas por desgosto.

Lágrimas...


O ar está tão pesado...
Mas no pulmão entra tão frio.
Como pode essa dicotomia acontecer?
O coração bate fraco...
Mas o corpo está tão quente...
Do sentimento efervescente...
Que a vida presenteou.
Quero me aventurar lá fora.
Quero me livrar da memória.
Talvez viver um pouco mais...
...da paisagem na janela...
...da fotografia em preto e branco...
...da lembrança que permanece...
...do sonho que ficou perdido.
Sóis e luas.
Invernos e verões.
Minha alma a tua.
O meu...
Do nosso...
Que se
fez teu...da lágrima tua!

domingo, 2 de abril de 2017

Da insônia



Saudade da insônia...
Daquelas horas noturnas.
Terreno fértil o era...
Momentos de apostasia!
Era fácil descrer de tudo.
Pois rimar era o mundo
Era "inticar" os outros
Que acreditam em tudo!
Saudade daqueles dias...
Horas contadinhas pelo meu relógio...
Tinham um pacto os dois.
Me torturar em lentos segundos...
Assim mais sozinho eu estava.
E mais e mais eu rimava:
"noite com enluarada"
Poeta preguiçoso...
de verso moroso.
De frases repetitivas.
As vezes da pintura...
Outras da literatura...
Canções em versos.
Poeta esperto.
Que da música tirava inspiração.
Mas agora escreve poemas...
Por assim dizer de forma serena.
Já entende o dom...
Está de novo em forma plena!

"[..] Para que essas pessoas mortais possam ler..."



Sobre a cabeça do poeta...
Bom...
Ela é muito simples.
Ele ás vezes diz demais.
Se revela...
Rasga máscaras.
E veste outras.
Ele apenas rima.
Ou ás vezes são lágrimas...
São suas vergonhas.
Sonhos.
Desejos.
Suas verdades.
Ás vezes é a forma de ele dizer se ama ou odeia.
Ou de se punir.
Outras vezes é só saudade...
E dói.
A poesia é um furacão de sentimentos.
Nasce ás vezes e em outras morre.
E as pessoas mortais lêem...
E tentam entender o que não tem como entender.
Porque elas não podem entender o ponto, a vírgula, a crase ou exclamação.
Nem a forma de declamar.

sexta-feira, 31 de março de 2017

Culpa...


É engraçado como as  coisas são...
Irreverente teimosia.
Trocar palavras ditas por não ditas.
Arriscar aquilo que não pode ser perdido.
Parece que somos assim...
E mesmo em tudo isso.
Prosseguimos, falamos e teimamos.
Isso ás vezes da medo...
Até onde irá chegar?
Faço da poesia a desculpa?
Ou faço da companhia agradável...
Uma doce culpa!

sábado, 25 de março de 2017

Segredo



Eu prometi guardar segredo.
Jurei por todos os santos.
Fiz promessa de mindinho…
Até palavra de escoteiro.
Em minhas juras esqueci.
Que segredo assim difícil é.
E olhar-te todo dia…
Tua doce voz poder ouvir.
Caminhar de tão pertinho.
Dividir olhares com carinho.
Guardar esse segredo…
...agora sei que não posso.
Dói muito nenhuma palavra te dizer.
Pois desde o dia que te vi.
Me apaixonei pela primeira vez.
E mesmo que este seja meu segredo…
Luto para mantê-lo imaculado.
Pois ao menos ser amigo...
E contigo cada dia compartilhar.
É melhor que do segredo ir tudo a perder.
E assim ou teu lado apenas continuo.
E guardo a sete chaves no coração.
O amor, o carinho a admiração.
Daquela que és o amanhecer.

E a lua de cada anoitecer.

E amor se fez



É assim que as coisas são.
Aqui ou acolá…
Pois amores e mentiras…
De lá e de cá… são retratos cotidianos.
São como poesias, melodias, versos por assim dizer.
São vidas divididas…
Amores, alegrias…
Tristes despedidas.
É assim que o mundo é…
Do lado de cá, do lado de lá…
Pois a saudade bate sempre a porta.
Pois a vida é passageira…
Há que apenas pede carona.
Há quem carregue consigo novas primaveras…
Alguns cultivam essas flores…
Outros envenenam o canteiro.
Pois assim o é….
Tampouco deixará de ser…
Pelo tempo sempre foi.
E o amanhã o será, pois pertinho de ti…
Ou tão longe de mim…
O mundo se faz mundo…

O amor vem e vai, a cada segundo

Da despedida



Essa antologia de despedidas.
Essas poesias por eles escritas.
Coloca a razão em segundo plano.
Eleva o amor, este doce engano.
Não há como reprimir fatos cotidianos.
Pois são erva daninha…
São persistentes e necessários.
É o alimento dos iludidos.
Que passam apaixonados pelas tardes.
Andam por aí perdidos.
Presos a ensejos dramáticos.
Por vezes reprimidos.
Em outras oprimidas.
Mas que dizer de tais coisas?
São elas que fazem da poesia a existência.
São elas que pintam o retrato…
São elas que alimentam a melodia...
São elas que viram letras no papel…
São elas que compõem a partitura…
As coisas que fazem do poeta.

O criador que também é criatura.

Canção em noite enluarada.



O vento toca por vocação…
A canção que o tempo em versos compôs.
Aguda melodia se espalha.
Recheada de histórias sentimentais.
Cada nota entoada…
Cada agudo ressoar…
Entoa a poesia que vira hino.
Alegra o dia nos mananciais.
Esses versos de tempos áureos.
Essa letra de tantos amantes.
É céu, é mar, chuva e trovoada.
É melodia cifrada.
Num Ré maior…

Enfeitada de noite enluarada.

A menina também amou.



A menina também amou.
Ainda era dia…
Para ela quase noite.
O sol no findar do dia.
Pairava no horizonte.
Caderno e lápis na mão.
Sentimento de saudade no peito.
Uma carta escrevia.
Deixava nela sua alma.
O coração se desvaia.
Dizer adeus não deveria existir.
A saudade que morresse de fome.
Alimentar tal sentimento é um desaforo.
Mas como não ser seduzido pelo amor?
Como não deixar as borboletas borbulharem?
Amar, saudade, despedida…
São tantos sentimentos…

E apenas a resta…O apagar da luz do dia.

De quem amou primeiro




O menino amou primeiro.
Desde que os olhos contemplaram.
O coração quase que fugiu.
O peito por pouco não se abriu.
Os pensamentos em sua mente pairavam.
Já não dormia…
Não tinha apetite…
Apenas divagava.
As noites eram martírios.
Os sonhos melodramas juvenis.
Quase não ouvia o som do mundo.
Refém…
A solidão que consumia…
O amor que não se ia.
O olhar que o condenou.
O perfume que envenenou.
O menino amou primeiro.

Mas o amor não o acompanhou.

Prosa, poesia e espanto.






Não eram apenas palavras.
Tão pouco, letras no papel.
Eram pinturas retocadas.
Folhas amassadas…
Borborinhos de criança…
Eram amores impossíveis.
Eram versos...
Eram prosas…
Eram melodias de doces encantos.
Amor, a arte…

Poesias e o espanto.