quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Daquele sentimento.

Rasgo o peito...
Aberto e bagunçado.
Fere com ferro, ferido o sentimento.
Feroz...
Amargo, amar... amando com amor unilateral...
Tão só.
Tão eu.
Tudo.
Rasgo teu abraço.
Mudo.
Sem cor ou sabor.
Insípido.
Conjugo tua voz em meu pranto.
Silêncio.
Algoz, atroz...tua ausência.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Calendário

Tempo, substantivo abstrato...
...duas sílabas apenas de uma eternidade inexplorada.
Horas que se dividem em minutos mas também em sentimentos.
Cada segundo um respirar que contem um infinito de aromas.
Laços e enredos únicos.
Passagens por entre a paisagem...
Floreios de palavras e olhares...
Histórias.
Estórias.
Quadros e canções.
Tudo se eterniza.
Amores se sustentam.
Amizades terminam.
Desviei minha atenção do calendário.
Ganhei outra sobrevida.
Sou verbo, não um substantivo abstrato.
Como vento que sopra...
Foto que não
fica marcada em um anuário.


terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Outro gole

Alguns versos sempre ficam no anonimato.
Apenas aguardando moderação.
Tão feio flertar escondido.
Sem mostrar nem sequer um sorriso.
Difícil imaginar o que não posso ver.
Fica sem cor este tão descabido segredo.
Descolorido também será meu apego.
Pois não há recíproca de verdade.
Mas tudo bem, prossigo sem alarde.
Pois subliminar é esta mensagem.
Deixo um verso, que assim seja.
Se puder o reveja.
Mas não escreva.
Não existe resposta certa.
Apenas mais um copo de cerveja.