domingo, 2 de abril de 2017

Da insônia



Saudade da insônia...
Daquelas horas noturnas.
Terreno fértil o era...
Momentos de apostasia!
Era fácil descrer de tudo.
Pois rimar era o mundo
Era "inticar" os outros
Que acreditam em tudo!
Saudade daqueles dias...
Horas contadinhas pelo meu relógio...
Tinham um pacto os dois.
Me torturar em lentos segundos...
Assim mais sozinho eu estava.
E mais e mais eu rimava:
"noite com enluarada"
Poeta preguiçoso...
de verso moroso.
De frases repetitivas.
As vezes da pintura...
Outras da literatura...
Canções em versos.
Poeta esperto.
Que da música tirava inspiração.
Mas agora escreve poemas...
Por assim dizer de forma serena.
Já entende o dom...
Está de novo em forma plena!

"[..] Para que essas pessoas mortais possam ler..."



Sobre a cabeça do poeta...
Bom...
Ela é muito simples.
Ele ás vezes diz demais.
Se revela...
Rasga máscaras.
E veste outras.
Ele apenas rima.
Ou ás vezes são lágrimas...
São suas vergonhas.
Sonhos.
Desejos.
Suas verdades.
Ás vezes é a forma de ele dizer se ama ou odeia.
Ou de se punir.
Outras vezes é só saudade...
E dói.
A poesia é um furacão de sentimentos.
Nasce ás vezes e em outras morre.
E as pessoas mortais lêem...
E tentam entender o que não tem como entender.
Porque elas não podem entender o ponto, a vírgula, a crase ou exclamação.
Nem a forma de declamar.