Já não mais

 Quem já não foi crente de amor?

Forte o suficiente para acreditar em vida depois da desilusão...

Você pode não desistir logo...

Se agarrar a lembrança do cheiro daquele perfume...

A memória do toque nos cabelos...

De todos abraços que parecem serem mais vivos do que nunca.

Mas quem já não foi forte para crer no amor?

Escrever milhares de poemas que nunca serão lidos...

Esquecer o mundo ao redor ouvindo aquela música...

Ou dormir abraçado a uma camiseta há muito já vestida...

Não poder se desfazer desse porta-retratos...

Eu realmente acho que já não tenho forças mais...

Não preciso mais...

Mas quem já não foi forte suficientemente para crer no amor?

Agora já não acho que há vida depois dele.

Já nem mesmo me acho mais...

Perto de mim

 As palavras que sinto hoje...

Do agora já não sei mais.

Pois nela houve desencontro...

E sem elas acho que jamais serei capaz.

Mas deixar de dizer não é mais uma possibilidade.

Falar de sentimentos assim, não precisa e nem requer facilidade.

Tão pouco requer sonhar, ou sentir...pois viver é assim.

Dizer daquilo que senti, é respirar através das palavras.

Vivenciar além de páginas em branco.

Muito mais que um livro amarelado pelos anos.

Pois se posso colorir estes versos com aquilo que sinto...

Posso fazer outro alguém sorrir...

Ou talvez voar e também disso sentir.

E por quê não quem sabe então...

Traze-lo depois da aurora, aqui juntinho para perto de mim.

Outras épocas

Desde o dia em que ti vi a primeira vez,

acredite, eu não só desejei.

Sonhei.

E com lápis e papel nas mãos...

desenhei um lindo horizonte.

Construí na imaginação...

Caminho de flores...

O mais lindo jardim de rosas!

Aquele espaço preciso.

Um tempo todo nosso.

Ouvi melodias.

Até os pássaros acompanhavam

Mesmo as árvores entendiam.

Foi assim...

Desde o dia que a vi.

E logo...

Passei a acreditar que não devia ser a primeira vez.

Mas que nosso encontro já vinha marcado...

Como nos livros...

Ou nas novelas...

Pode ser que de outras épocas.

Outro romance.

De outra troca de olhares...

Quem sabe de outra vida, apenas.

Mas eu não sei...

Eu só sei que quando te vi, não foi só imaginação.

O que senti foi sim...

O (re)nascer de uma eterna paixão.

Em cada pensamento

Por que você está em cada pensamento?
Dono do meu coração...
Longe dos meus braços...e sempre...
...fugindo do meu olhar.?

Sempre desejei...
...vivendo mais que imaginação.
Estar tão perto o mais próximo a ti...
Sem se importar ficar nada de mim!

Vou buscar tudo que tiver, mais do que puder...
Para te fazer feliz, nem que seja uma vez!

Sigo escolhendo você por sempre e para sempre
Eu já não posso mais esconder...

Vou dar tudo que puder, além de tudo que tiver
Para te fazer feliz,  e mais mais próximo...
Nem que seja uma vez!

Eu quero ser o vento que pode te envolver.
Como o sol na pele que te toca!
Mais do que apenas amar você...
Eu desejo ter
você pra sempre.

Instante

Uma folha caiu.
Era amarela e laranja você disse.
Igual ao outono.
E vermelho e rosa como o pôr do sol...
...seu sorriso.
E um céu colorido de final de tarde...
...foi o fundo para meu abraço.
Eu sei, você não esperava.
Mas alguns sentimentos são assim.
E mesmo que eu segure sua mão.
Fique.
Eu só preciso de mais um minuto.
Você espera o sol ir?
E como dizer o quanto gosto de ti?
Será que o sol espera só mais um pouco?
Eu acho que não vou largar a sua mão.
E mesmo que nenhuma folha caia outra vez.
Para eu ver de novo seu sorriso olhando pra mim.
Vou me apegar a esse instante.
E como o último fio de cor rosado do dia...
Um beijo apenas.
E nada mais importa que venha adiante.

Ainda espero...

Eu odeio a forma como você fica em silêncio.
E muito mais por não imaginar uma resposta.
Muitas vezes eu não sei se consigo.
Nem se sou capaz de mudar.
E tudo começa ficar cinza.
Igual um dia nublado.
Fico ansiando por um porquê.
Olhando para o céu que já começa se fechar.
Será que vai chover outra vez?
Eu fiz a última pergunta, eu sei.
Em mais uma tentativa de viver você.
Ou de tentar entender.
Já nem sei se foi ontem...
Ou foi antes.
Mas hoje eu ainda não sei bem o que.
Ainda espero seus porquês.

Quase 22

Eu lembrei de você ontem...
Aquele camiseta e suéter tão caricato.
O sorriso contido...
Encontrei aquela fita cassete que você tanto gostava.
Me senti nostálgica.
Quantos mesmo, 23?
Eu 21...quase 22.
Parecia que íamos vencer o mundo.
Acho que por um tempo vencemos.
Mas você disse que nada é pra sempre.
Hoje eu sei que estava certo.
Pra sempre é muito tempo...
Tão distante.
Mas lembra? Cada memória fica...
Cada foto continua guardada...
E eu estou escutando aquela música.
E nela e com ela sou pra sempre tua.

Por vir

De todas as coisas que eu fiz.
Ou da vezes que menti.
Havia no coração uma prece.
Algo em preto e branco.
Como um pedaço daquele livro que li.
Dos versos que ouvi também de ti.
Parte do todo que achava já ter encontrado.
Mas outrora marcado, foi de nós perdido.
Mas não é tão simples assim.
Das coisas que não fiz.
E das coisas fizestes...
Ficou um "se" que parece ainda por vir.
E no porvir...
Nesse amanhã que nunca chega...
Acordar com o gosto na minha boca.
Do seu beijo.
Uma nova lembrança.
Minha memória sendo agora refeita.
Como uma manhã, tarde e noite tão perfeita.

Do acaso

Jamais busquei achar.
Palavras soltas e perdidas no ar.
Mas encontrei mensagens escondidas.
Memórias contidas de algum lugar.
Não sei ao certo onde,
tampouco sei de quando.
Apenas assim no espaço e na memória,
alguém registrou como história.
Ou seriam falsas lembranças?
Passagens criadas para iludir.
De estórias inventadas.
Imagens de um outrora que já foi pintado,
mas agora apagado.
Deixou na minha mente registrado.
Por essa caminhada que fiz,
pela nova estrada do acaso.

Deserto

Você se foi deixando apenas marcas.

Eu que era toda sua, agora fiquei perdida 

e sem rumo...me sinto nua.

Ficaram espalhados pelo quarto...

...traços e pedaços seus em mim.

Como folha de papel colado, você rasgou...e partiu...

Deixando apenas o que sobrou de ti aqui.

Agora já nem sei mais o que faço...

Fico perdida sem teu "oi amor",  sem teu abraço.

O que restou de mim foram só alguns cacos

Aqui dentro ficou tão enorme esse espaço...

Por isso agora eu sei...é duro ter que dizer.

Foi culpa minha por te perder

Perdoa me amor,...te digo volta.

Ficou tudo tão deserto.

Vem logo mandar essa saudade embora.

Preciso muito de ti agora.

Do ontem e agora

 Relatos de tempos passados.

Imagens que guardamos daqueles dias...

Palavras ditas, traços marcados por tinta...

...caderno velho de memórias sofridas.

Houve, antes não tivesse havido.

Exposto, embora jamais deposto.

Lágrimas, mesmo que secas agora.

Páginas, folhas e folhas jamais escritas.

Ficou no ontem...

O que não podemos agora sentir...

Ficou no quase...

O amor que não podemos nos permitir.

Coração viajante

Bem antes, e durante... quando era apenas mais um viajante.
Entre galáxias e constelações, de muitos sóis.
         [Havia mais que um universo]
E assim como desfeito de apegos e afagos...
Por todo lado nunca pedia passagem...e seguia...
..sem muitas bagagens no peito para levar.
Não costumava nunca escrever e rimar.
Pois não era preciso papel e caneta levar.
Por que iria escrever sobre a mentira de amar?
Só tinha planetas sem vida para ver...
Muita poeira a contemplar.
Mas havia por lá...um planeta todo azul.
E que por acaso resolvi visitar.
E assim que me acheguei.
De longe sentado no horizonte.
Fui sendo atraído pela imagem...
Não era de paisagens! Não era uma velha imagem...
Tudo tão novo...
Rosto que era como rosa num jardim.
Se destacou mesmo no relance...
Arrebatou o coração viajante...
Prendeu o espirito de menino...
Acho que não irei mais pedir passagem...
Porque agora encontrei morada...
E foi no olhar da menina amada!

Te ter é não viver partida.

Ter ver, é como contemplar uma paisagem...
...uma tão unica, como na primeira vez.

Te sentir, é como chegar próximo do fogo...
...posso sentir queimar, ardendo, calor subindo.
                                                                           [fugaz]
Te tocar, não é só como um arrepiar...
...pele na pele me faz querer e desejar.

Não é só tua imagem...
Não é apenas tua presença...
Não é só teu calor...
Nem tão pouco o teu perfume.

Quando te vejo passar...
Quando te vejo chegar...
Quando te vejo ficar...
Mas quando te vejo partir.

Ter ter é como não poder respirar...
O peito pesa.
As costas doem.
Coração que grita...
Lágrimas no rosto...
                      [de tristeza não...]
Cada uma que pelo rosto cai..

Te querer é não querer mais viver partida...
É viver o agora...
É jamais largar...Saudade que vai embora.
É apagar uma saída.
Mas tatuar
na pele nossa história.

Deixei marcado

Eu vou colorir a parede da sala.
Deixar escrito nela o que eu já senti.
De todas certezas que tive...
Até da esperança que perdi.
Eu vou quebrar na outra parede uma janela.
Usar ela para ver toda vez que o sol se for.
De todos desejos que tive...
Até do amor que perdi.
Eu deixarei tatuar no braço.
Marcar minha pela com palavras que sinto quando vejo o retrato...
De todos sentimentos que permiti...
Até da saudade que recebi.
Hoje vou escrever uma nova poesia.
Vou quem sabe, transformar ela numa canção.
Ou quem sabe...reviver e deixar viver essa paixão.

Nos teus braços

Quando a chuva veio sem avisar...
Molhando minha pele, no silêncio a luz da lua
As gotas caiam no chão da rua e tua respiração
devagar...aos poucos em mim, libertando a paixão.

Fui entregando minha alma e coração, sem se importar 
E o amor chegou de mansinho...
Eu tão pequeninha nos teus braços a me entregar.

Ah...chuva da noite...ainda fria como o inverno.
Limpa minha alma...deixa leve, levando contigo essa dor...
...de amar sem querer amar.
De querer sem desejar...esse mistério.

Todo querer

Quem nunca quis viver um amor assim?
Muito além de apenas sonhar?
Um sentimento indo aquém de palavras
Que se faça em canção para oferecer...
...mas como um tímido e tolo incapaz,
escondi tudo que tinha a lhe dizer.
Deixei o momento pelas minhas mãos escorregar...
E assim já não sei mais como vencer.
E vou seguir de longe desejando...
Como ser capaz de ter seu amor outra vez.

E assim todo esse querer por ti agora...
Já não posso mais controlar.
Vou deixar que se chegue sem demora
E venha de ti pra mim se entregar.

Mas longe já não sei
Ser possível viver assim
E mais que amor pra recomeçar

Tão perto de ti vou querer um final feliz.

Sujeito existente.

Gente precisa de gente.

Só me faço gente quando me torno regente de mim.

Mas as vezes, também sou pessoa.

E pessoas geralmente são apenas retratos comuns.

Algumas delas formam apenas multidões.

Virando como um emaranhado de muitas ideias e opiniões.

Logo, não passando de muitos pensamentos divergentes.

Pessoas, e outras pessoas...mas a vida precisa de gente.

E tudo anda meio do avesso.

Alguns somente assistem da janela.

Um mundo tão...

Controverso em desejos e de coração contraditório.

São tantas essas diferenças...

O pensamento se polarizou...

E esse dualismo é tão estressante.

E mesmo que essa realidade seja já tão pré determinante...

Devemos seguir com pensamento utópico.

Mas se gente que gente deseja ser...

Deixar essa casca de pessoa ineficiente.

Ter esperança e olhar essa estrada como um convite provocante.

Será capaz de alcançar outra realidade.

Uma onde toda gente se faz presente.

Por que gente precisa de gente pra ser sujeito existente.

Mais que perfeito

Mesmo perto você diz...
Não ser capaz de querer e amar.
Mas ao mesmo tempo quer de mim...
Um alguém para descansar.
Desse colorir que é te ver refletir... a luz do luar.
Vou entregar o tudo que há em mim...
Não parar de desejar.
Mas é imperfeito...
E essa dor, não há como parar.
Mas que se torne perfeito
E faça logo esse amor chegar.
De tão longe eu te quis...
Fui incapaz de não parar de buscar.
E tudo que você sempre quis de mim.
Foi um amor pra recomeçar.
E nesse fim de tarde enfim, vou lançar esse amor no ar.
Vou entregar o tudo que há em mim...
Jamais parar de desejar.
Mas é imperfeito
E essa dor, não há como parar.
Mas que se torne perfeito.
E faça logo esse amor chegar.

O mar testemunha

O mar é paisagem desse encontro...
Testemunha de tudo que pode ser dito.
Seria nele fotografado um reflexo do registro.
De dois personagens lado a lado fazendo juras e promessas do que nunca foi escrito.
O mar...
O perfume...
A brisa que toca e marca maresia na pele.
Dois corpos que se unem...
Um abraço esperado.
Sentados na praia...
Paisagem além de janela...
Escutando as ondas chegando...o som que...
Regando...chega chegando se aproximando.
Traz um amor de verão...
Ou consigo carrega...
Por um futuro talvez...
daqueles dois sentados na areia.
De mãos dadas olhando o mar...
Contemplados pelo poeta...que escreve esse poema.

Apenas um recado

Li uma frase que dizia desse nosso agora.
Desse contexto maluco de um mundo...
Este que pela primeira vez pensa em conjunto.
Mas embora pareça confuso...
Deu as mãos para caminharem todos juntos.
Para falarem de orações...talvez.
De muitas preces em outras línguas e religiões.
Reunidos em muitas cores sem preconceito e rancor.
Todos os olhos apontando para um futuro de amor.
Todo coração...
Todo abraço que quer ser dado...
Todo nosso sentimento aqui guardado.
Nunca tivemos tanto espaço!
Tanto tempo para refletir...
Ninguém mais diz: "Não posso estou ocupado"...
"Te vejo depois, se der eu ligo ou te mando uma mensagem"...
Mensagem?
Nunca ansiamos tanto além de uma imagem!
Ver o real...
Tocar a pele, pois sabe? Gente precisa de gente.
Mas só entende quando se faz ausente.
Só deseja quando não tem...
Pois num mundo que se fazia surreal...
Deixamos por muito tempo o real.
E agora que não se pode um simples interagir...
Queremos ver tudo bem debaixo do nariz!
Mas tenha fé.
Não seja juiz!
Acredite quando se diz...
Que é hora de esperar.
Pois assim deve ser feito...e breve...
o mundo ao normal irá retornar.

Um tanto que agridoce

Que sorte não ver-me nos olhos.
Pois não são discretos meus pensamentos...
Que embora secretos...
São transparentes no olhar.
Assim se fazem tão diretos.
Não se fazem muito espertos, sobretudo na tua presença.
Por sorte não estás por perto.
Por sorte não serás presença presente em um iminente chegar...
Tão pouco creio que logo se achegará...
Nem que cedo se avizinhe...
Enfim...
Por sorte que é assim...
Se assim não fosse, não seria esse sentimento tão agridoce...
Vê?
A porta da inspiração se abriu...
Espero que sigas lendo...
Ou noutras horas apenas relendo.

"Certo é estar perto, sem estar."

A gente não escolhe gostar.
Onde colocar nosso afeto.
Tampoco a distancia ou horário.
As vezes gostar se transforma em saudade...
Outras vezes em resposta a tudo que buscamos.
Gostar de quem tá perto...
Perto estar de quem mesmo de longe se faz  presente.
Não decidi gostar assim.
Nem querer dessa forma.
Minha mão eu estendi até você naquela imagem que idealizamos.
Ela permanecerá a ti estendida...
Segure ela sempre firme...
Por todo o tempo que a nós restar.
Ou tão perto chegar...

Da promessa

Havia te prometido fazer versos...
Não apenas palavras, mas o inverso.
Do sentir...
Que me faz refletir...
Do querer...
Que me faz entender.
Que já és presença certa.
Imagem refletida pela alma.
Não escondo...
Não recuo...
Me assombro...
Por vezes perco o rumo, até o prumo andando torto...
Mas logo estou pronto!
Sempre esperando teu retorno.
Uma voz...
Uma escrita...
Uma canção...com aquele refrão.
Um passeio...uma viagem...uma imagem...
Dessa promessa...
Desse e se for...
Faço esses versos...
Nosso universo.

Cerejeira

Em você encontrei parte de mim.
Um pedaço que já tinha pensado perdido.
Num pequeno quarto guardado...enfim.
Uma parte de mim que precisava desse sorriso não contido.
E foi da coragem de chamar-te pela mão a passear.
Que nos fez parar debaixo da velha cerejeira, aquela nascida do desejo do teu sonho.
Sentar contigo...
Abraçar teu corpo...
Tocar teu cabelo...
Beijar tua boca...
Tudo isso, tudo e mais um pouco.
Me faz querer de novo.
Passear contigo outras vez...
Como em um novo encontro.

A ti...

Quão profundo é teu olhar.
Que me fizestes ver naquela imagem.
Nele continha teu coração tão belo...
Mesmo que por um reflexo de passagem...
Olhei, e contemplei...
Quem tu eras e assim entendi.
Essa moça que conheci...
Não posso  jamais deixar partir.

O criador

O sol brilha nos olhos do poeta...
Deveras extasiado com a pintura.
O cenário que o criador rabiscou...
...e na sua perfeição jamais corrigiu ou apagou.
A verdade é que nasceu sublime.

O poeta também é um criador.
Pintando sentimentos com nanquim.
Como pode falar de amor e felicidade...
...no preto e branco que de sua caneta sai?
A  criatura que cria como quem o criou.

Fiz um verso sereno.
Fiz uma rima de criança.
Rimei estrofes de esperança.
Apenas um poema pequeno.

Faça chuva e faça sol.
Rimarei sempre a meu contento.
Versos e contra-versos como um alento.
Como um iluminado girassol.

Eu criei e fui criado.
Mas não é a
vida que imita a arte?
Se for a arte que imita a vida.
Sou criador e criatura...
Faço e ao mesmo tempo sou...
...centelha de vida.