quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Um poema simples.







Um dia ele foi um simples poeta.
Como aqueles que falavam de amor.
Que aprendia em seus versos a rimar sua dor.
Em cada frase queria encontrar um significado.
Amor, saudade... Apenas parecia tudo errado.
Escrever melodias prontas.
Ou cantar versos que não pertenciam.
Jogar com palavras soltas.
Os amores que calados adormeciam.
Um dia ele foi um simples menino.
Como aqueles que corriam na rua.
Que aprendia em cantigas de ciranda.
A separar o mundo de adulto e o de criança.
Gritar, pular... Apenas parecia nunca acabar.
Escrever melodias soltas.
Jogar com palavras prontas.
As alegrias que eufóricas sorriam.
Um dia ele foi um simples prelúdio.
Como aqueles que passam despercebidos.
Que aprendeu a não ser lembrando.
Em cada frase queria se fazer notado, queria.
Sonhos, esperança... Apenas parecia por elas lutar.
Escrever e cantar.
Soltas e prontas.
Jogar, perder ou ganhar.
A vida, o futuro e tudo mais incerto.
Um dia ele foi esse poema.
E rimou, cantou e versos fez.
Escreveu e releu.
Tantas vezes que pode.
Essas palavras de quem sou eu.

Aquela foto amarelada pelos anos.







Foi numa canção careta.
Em uma foto polaroid já há muito envelhecida.
Na memória que é teimosa; não quer se perder.
Foi no quadrinho preto e branco, esquecido lá no baú.
E no bilhetinho guardado já amarelo dos anos.
No tempo.
Nas entrelinhas.
Na paisagem que se desenha na lembrança.
Nas palavras que ainda vagam solitárias desde aquele dia.
No vácuo do espaço-tempo.
Na sua mente e na minha.
O beijo que marcou aquele dia.
Nossa última despedida.

Quando o mesmo é mais que o bastante.




E mesmo assim tão longe.
E mesmo assim meio despercebido.
E mesmo parecendo ausente.
E mesmo que por apenas um instante.
E mesmo que nada mais tivesse valor.
E mesmo que só um olhar mantivesse a esperança.
E mesmo além da morte.
E mesmo além da sua ausência.
Mesmo assim.
Eu viveria mais um pouco.
Para te ver assim sorrir.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Será que não quis?




Sei que jamais foi esquecido.
E o beijo jamais repudiado.
O amor que foi desejado.
Era o sentimento proibido mal interpretado.
Resposta dividida, e palavras mal ditas.
Malditas.
Saudade inimiga.
Lembrança indesejada.
E o olhar disfarçado.
O pecado.
De querer estar
 [sempre, e pra sempre]
ao teu lado.

A rua que já foi minha.




      ["se essa rua, se essa rua fosse minha..."]

A calçada continua velha...
A folhas as estações trataram de trocar.
As mesmas antigas casas...
Rostos que refletiram na memória esquecida.
Caminhando pela rua do passado.
Revivendo pinturas que parecem mais como fantasias.
Sentimento...Saudade e nostalgia.
Essa rua que já foi minha.

    ["eu mandava, eu mandava ladrilhar..."]

Agora é apenas parte...
de alguma primavera perdida.



quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Visão das gotas de chuva.




Eu ouvia cada gota de chuva que caía.
E o calafrio da brisa que pela janela chegava.
No meio dos pingos incessantes...
Bem ao longe, distraído eu avistava.
Algo como um mistério indecifrável.
Que ia tomando sua forma, a medida que meu coração se entregava.
E meu olhar perdido entre os sonhos que imaginava.
Desejava de tudo um sorriso...
E a imensa paixão que viria.
Quando a essa doce e distante visão.
Talvez entregar...
Seu jovem e ingênuo coração.

Ao vento como pipa.





Ali em silêncio se perguntava...
Sobre as incertezas que alguém simplesmente buscava.
Sonhos que seriam possíveis?
Ou a ilusão que a si mesmo desenhou...
...nos anos que no pensamento tudo estava parado, apenas por ele passou.
E como o vento que vem e sopra sem pedir licença.
Soltou-se ao céu como pipa.
Para ser levado ao longe...
Bem lá no fim da existência...
Para poder encontrar...
A sua machucada consciência.

sábado, 6 de outubro de 2012

notte di amore






La cittá diventa piccola
davanti a tutti miei pensieri...
e io...
divento piccola 
davanti a tutti miei sogni,
e vorrei diré un'altra volta...
Buona notte a te...
e se mi trovi in tuoi sogni
non lasciarmi mai!
dove vado... 
cerca di prendermi della mano,
e non fa niente
quello che posso dire
o quello che posso fare,
Tu soltanto...
stringimi forte! forte a te!
e non lasciarmi mai!
e baciami con un bacio intenso
che non finisca mai!
perche é quello che voglio veramente...
notte di amore
insieme a te.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Destierro




Las grietas que se alzan de mi suelo, 
el eco del estruendo de tu voz
las luces de los soles que se atienen 
al cielo inmerecido de mi amor
son lámparas de azufre y  de colmenas
son grillos en el llanto de una flor.
La prueba de mi pena incontrolable,
la hoja que resulta de tu adiós.
Y el llanto que pretende huir del ojo
aquel que humedeciendo la pupila se escapó,
evidenciando una pena que me culpa
degradando por entero mi fervor.

Detesto la sensación de mi abandono
y el sublime deseo de traición,
la obsoleta aventura de tu mente
y la absurda ganancia a mi favor.

Si desde el mismo punto anterior de tu venida
eras la risa, el coraje y la pasión,
habiendo deshojado de celos y rabietas
el dulce y tenue temor de una canción,
te encuentras hoy sin prisa y con demoras
la excusa de una razón que no cumplió.




E assim diz o dicionário.




O talento que ao avesso ganhei...
Duvidei ao muito reler...
Palavras são somente palavras...
E versos de uma criança vestida de adulto.
Talento...
"Grande e brilhante inteligência."
Talento...
"Agudeza de espírito." 
Talento...
"Disposição natural ou qualidade superior."
Mas seria então meu "espírito ilustrado e inteligente"...
De  "grande capacidade"? Não!
Pois dela creio... Fui desprovido...
E como uma "pessoa possuidora de inteligência invulgar"...
Apenas me atrevo a rimar...
E como de "força física" e de um  "vigor" julgo desnecessário...
Talento enfim para mim...são apenas palavras...
E as palavras estas de sentimento e sem razão...
Sempre brotam em mim na contra-mão.
E meu português que de coloquial nada possui.
Nasce no coração pequeno...
E na razão de um atrevido poeta...
Que em seus versos flui sempre sereno.

O vaso, a flor e a promessa.



A flor que seca no vaso sem água, sozinha deseja por amor.
O amor esquecido na flor, deseja o sorriso que aqueça seu ego frio.
O frio chega sem educação.
E fria é a paixão de quem se esquece que um dia prometeu flores.


sábado, 22 de setembro de 2012

Dont forget me




Não vire as costas...
O vento que toca seus cabelos me traz seu perfume.
Agora sei que não vivo sem teu sorriso.
Seus passos se tornan eternidades...
Ouço cada gota de chuva que cai...
...como cada lágrima na sua partida.
Já minhas mãos não alcançam mais.
Te vejo escorregando entre meus braços.
E sendo consumido aos poucos.
Vejo minha vida sumir na sua ausência.
Nas minhas tolas palavras eu te perdi.
E como o céu sem estrelas...
Estou morrendo aos poucos...
Ao te olhar partir.


Poema perdido.




Procuro um amor que desconheço...
...escondido entre os versos que foram outrora escritos.
Palavras vazias, sem sentindo apenas ditas.
Caminho olhando o céu distante.
E por um instante.
Pareço encontrar um sorriso perdido.
E rabiscando a areia recem molhada do mar.
Sento e descanso, entregando ao tempo.
Esse amor...
Que já nem eu sei portanto.
Se existiu ou existe.
O que escrevo, ou o que lanço.
Jogado nesse mar...
Que o tempo tratou de levar.
Fico então assim portanto esquecido.
Como a lembrança inexistente.
Do poema por mim perdido.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Bom dia novo dia.





E um verso passageiro se apresenta...
E na nova manhã que começa...
Sol que ao fundo acena, brilha.
E o entoar de canticos matinais...
Dos pássaros que se achegam.
No sorriso recêm chegado de quem passa.
Que este novo dia ofereça...
A paz e a alegria da qual eu mereça.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

O tempo e o poeta




O tempo e a memória.
A vida contada em pequenas horas.
Lembrei do sorriso de menino.
O canteiro da calçada...
O cheiro do barro vermelho, e o céu azul de casa.
O tempo e o sentimento.
A saudade do abraço de vó.
O colo do pai na hora da bagunça.
O passeio com a mãe de mãos dadas pela rua.
O tempo e os sonhos.
Eu vou ser astronauta.
Talvez um astrônomo.
Eu vou conhecer o mundo.
O tempo e o poeta.
Tempo escrito em poemas, nos versos do presente futuro.
O poeta e suas memórias.
Lembranças, saudades, de um menino e sua tenra infância.

sábado, 15 de setembro de 2012

Ironia ou não?





Ironia que me faz sorrir.
Ou a falsa alegria desnecessária?
Tem gente que não deve ser gente.
Tem momentos que não são contáveis.
Não contáveis na memória e não em quantidade.
De cultura inútil repassada.
Da perda de tempo...
Falta de bom senso...
Que prefiro a fraca memória que tenho.
Ao ponto de deixar passar.
Inconcebíveis sentenças.
De lembranças que já nem sei se tenho.
De sorrisos irônicos, falsamente concebidos...
Para gente que nem sei mais se gente são.

Findar do novo amor...




O sol que nascia, marcado na foto tua.
O sorriso daquele dia.
Esse não esquecia.
A tua companhia, lindo dia.
O teu perfume, e o olhar que me pedia.
Esquecer por instantes o mundo.
E ao teu lado esperar um novo findar de dia.
A tua imagem refletia, mudo o coração.
E quebrantado te entreguei.
Todomeu amor, sem nem ter noção.
Que no novo amanhecer de dia.
Meu sonho colorido então...
Tão tristemente acabaria.

Contexto


Palavras que desconheço, lidas foras de um contexto...
Todas um pretexto, hipocrisia descarada...
Falhada a tentativa de apego...
E o desapego é o remédio para tanta má sorte...
E quem sabe o que virá em seguida?
Desconhece e nada lhe parece...
Mas contenta o descontente com balas e seus açúcares...
Vício e falta de esperança...
Criança seria se ao menos com inocência tua, recria...
A sátira do teu dia-a-dia...
Que fica meio sem graça...
Em meio a palavras perdidas...
Que desconheço, pois as li fora do seu contexto.

domingo, 19 de agosto de 2012

Nada como a tua companhia




A porta do quarto entreaberta.
E a luz que tocava levemente meu rosto.

Um vento refrescante pela fresta da janela.
E o perfume das flores cultivadas no canteiro.

Manhã linda de primavera.
Manhã agradável de sonhos matinais.

Ouvir o canto dos canários.
E acordar pro lindo dia que me espera.

Quem sabe passear pelo campo verde.
Ou caminhar pela sombra das árvores do bosque.

O que pode ser mais belo que esse dia?
Do que andar de mãos dadas e a tua companhia?

Meu pedaço de papel colorido.



Revira as ideias que estão escondidas.
E sorri escrevendo sem direção.
O que escrever quando não se sabe onde ir?
Melhor dizer, e com graça sorrir.
Pego o lápis sem ponta e mordido.
E no bloco de notas eu faço uma careta.
Cabelo espetado, e um olho pequeno.
Boca aberta e risada pra todo lado.
Ideias são as vezes escassas.
E pra quem um poema pensa escrever.
Mais que inspiração ou qualquer sentimento iletrado.
Faça um poema sem compromisso.
E mostre pra esse amigo querido ao lado.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Sonhando...



Palavras cruzadas no limiar do tempo que se foi.
A imagem  como o lapso de um sonho que esqueci ao acordar.
Mesmo assim insistente voltei a adormercer.
Adormeci na certeza de reencontrar as palavras que foram perdidas.
O tempo que permanece escondido.
O cruzar das tuas palavras em minha memória.
Será mais um sonho que tão logo será substituido?
Ou foi este rosto, o de um estranho que encontrei na alheia multidão dos dias?
A noite passada eu tive um sonho.
Nele o estranho momento de dizer adeus...
Ficou marcado como ferro quente, na imensidão do silêncio...
Ao acordar sem a lembrança do rosto amigo.
Chorei.
Pois tive a certeza de que nunca mais verei...
O belo rosto...
Pelo qual eu, perdidamente assim...me apaixonei.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Seu bobo...




Eu acho que na vida, as vezes encontramos alguns amigos bobos...
Que nos fazem rir sem motivo.
Que escrevem linhas e linhas de frases sem sentido.

Mas as vezes, só as vezes, esses mesmo amigos bobos......guardam tbm sentimentos escondidos.

E quando menos esperamos, esquecemos das piadas e graças que juntos inventamos...
E por horas e horas, deixamos de lado nossas besteiras tolas.
E falamos de amor, de saudade e juntos choramos.

A vida sempre nos reservas surpresas.
E esses queridos amigos que escolhemos para partilhar quem somos.
Fazem parte do colorido das coisas boas que desenhamos.

Junto com meu amigo sou criança.
Com ele falo de coisas que ninguém mais entende.

Alguns amigos são parte de nossas histórias.
E como pinturas emolduradas nas recordações.
Serão sempre guardados e com sorriso lembrados.

Do jornaleiro ao papagaio que como galo canta.
Da penteadeira até saudades e das lembranças.

Um poeminha bobo.
Um versinho engraçado.
Um piada que ninguém entende.
Um sorriso eu posso tirar.
Do meu amigo bobo, que junto...Me faz ver o tempo passar.






domingo, 29 de julho de 2012

Mais um ponto e vírgula.



Queria entregar um novo poema.
Deixar marcado no mês um verso novo.
E na gaveta mofada de bugigangas.
Folhas soltas com rimas foram achadas.
Estava assim solucionado.
Meu desejo de mais uma vez aqui estar marcado.
Minhas canções sem melodias.
Minhas ideias loucas sublinhadas.
Ao ler e muito reler.
Desisti do tão simples pensamento.
Reaproveitar ideias antigas.
Soa tão pequeno, quanto versos desesperados.
Voltaram foi para a gaveta.
Para em um futuro próximo serem relidas.
E novos versos assim brotaram.
E uma nova marca escrita.
Na noite fria de inverno.
Ao som da chuva companheira.
Talvez novas canções silênciosas floreçam.
Assim antes que de mim amanheçam.
Agora tranco a gaveta.
Se despendindo do poeta do passado.
E assino com ponto e vírgula.
Um novo poema, a espera de outro.
Que aqui possa ser sempre relembrado.

Caderno velho de infância.



Encontrei um velho caderno rasgado.
Folhas rabiscadas de grafite.
Encontrei um eu há muito esquecido.
O eu poeta menino.
A rima fraca e ginasial.
Versos falando de amor.
Frases que o tempo deixou se apagar.
Encontrei um poema distante.
O amor que se perde vagante.
E nas frases e versos de um menino.
Encontrei o eu criança.
Que escrevia passeando entre vírgulas.
Um ponto fora do lugar.
E um parafrasear inocente.
Meu caderno velho de poemas.
De muitos versinhos esquecidos.
Guardado sempre entre grafites e tons azuis de caneta.
Estão os sonhos da meninice.
Sorrindo pra mim e fazendo careta.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Pode?



Podia falar de saudade.
Ou até de sentimentos passageiros.
Podia escrever em muitas fontes...
Ou com lápis colorido ou ponta de giz.
Podia rabiscar o assoalho, ou pintar a parede de rosa.
Quem sabe gravar com voz melosa.
Podia dizer te com ternura.
Ou com lágrimas gritar em desespero.
Posso pegar sua mão e correr.
Ou então voar com vc no colo.
Posso, eu também posso e mais isso posso.
Tudo contigo eu posso.
E o amor através de tudo.
Posso te dar com coração desnudo.
Podia falar da saudade...mas você está sempre...
e pra sempre aqui do meu lado.

Paz que a ele liberta



Passeava por muitos versos tristes...
e de mãos dadas com a agonia trilhava só seu caminho.
Parecia que o poeta que fazia jus a seu talento...
da tristeza e dor deveria cantarolar.
Poema bom ja nascia morto, morto da infelicidade que carrega.
Quando soprou naquela tarde um vento permeado de sorrisos...
o menino ficou paralisado.
O que são esses versinhos felizes e engraçados?
Quebrou o veu de vidro que o cercava.
Posso escrever da alegria que a porta bate?
Pode um poema nascer pra vida de roupa colorida e dando corda?
Sorriu...
E rindo sozinho logo pegou caneta e papel.
Lá ia surgindo um momento ímpar.
Pode sim ele escrever da alegria que cerca.
Pode ele falar da paz, que agora o liberta.


domingo, 17 de junho de 2012

Partiu.



Vago, apago...
Vazio, perco...e nada trago.
Alma, palavras...chorando me distraio.
Coração, porção do amor que não veio.
Tu, tão incerto quanto o certo da dor que tenho.
Vago, apago o vazio da alma em meu coração, que tu me deu.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Antiga nova presença.




Era como se a saudade chegasse.
Um sentimento estranho de nostalgia.
Começo a me fazer perguntas.
Perguntas que não posso responder.
E no monólogo da minha consciência.
Me sinto cansado e frágil.
Estranho sentimento esse que chegou.
O toc toc dele me causou calafrio.
E nas incertezas desse novo visitante.
Me apego ao fio de luz que resta.
Saudade que veio sem demora.
Por mais que tento te dar as costas.
Retorna com maledicências a mim impostas.
Falsa companhia a sua, da agonia já estou farto.
Cala te e não te finjas.
Sabes que do coração não somos irmãos.
E a tua melancólica presença.
Não será minha final ausência.
Pois logo que ignoro te.
Buscarei no futuro que se apresenta.
Um sorriso que liberte minha prisão.
Espero, e o tempo comigo estás.
Prendendo minha fé ao findar desse encontro.
E no amor do novo reencontro.
Hei de sorrir com paz desejada.
Espero, sim espero.
E no silêncio do antigo retrato.
Aguardo o novo que serás.
Uma nova presença aqui.
Nessa pequeno e escuro quarto.


sábado, 9 de junho de 2012

Presente antecipado...




Ouço teu pedido...
Ouço tua prece...
Sabes que tenho te por apreço.
Sabes que amo te por meus gestos.
Escrevo te então esses versos...
Faço rimas, exponho minha sina...
De escrever quase sempre sem sentir.
Mas a ti...
Sim por ti...
Os versos precisam nascer verdadeiros.
Na timidez de quem não sabe falar de amor.
Desenho por ti essas pequenas palavras.
Que o mais lindo dos poemas...
...sem sentimento, ou apenas por ser escrito...
...jamais poderia lhe dizer.
No mundo das poesias nascidas, essa tão simples frase...
...todo o sentimento diz...
Que pra única flor do meu jardim...
Gritar assim:

EU TE AMO!

Também significa...
Que só você é tudo para mim.



PS: Amor, ainda vai me cobrar seu poema??   \(^c^)/

terça-feira, 5 de junho de 2012

Em algum lugar por ai perdido.




A folha amarelada que o vento sopra.
E os flocos de poeira que batem na janela do quarto.
A tarde fria e vazia.
O inverno do meu passado.
O dia cinza e tempestuoso.
O silêncio insurdecedor.
A mente vazia e o coração cheio.
A saudade brotando nas frestas do pensamento.
A areia da praia molhada e mole...
As pegadas formadas e perdidas em segundos.
Um caminhar calmo e solitário.
Um verso feito, mas esquecido.
Os rostos que vem e vão indo.
O entardecer de sol...
Que agora se finda sorrindo.
A casa.
O quarto.
A janela.
O silêncio.
O amor.
A saudade.
A dor.
A lágrima...depois da lágrima o medo.

domingo, 3 de junho de 2012

Desconheço.



Eu não sei encontrar sentimentos escondidos.
Não sei dizer palavras com sentido.
Tão pouco frases de efeito, com letrinhas coloridas.
Não sei cantar uma canção de ninar.
Nem aconchegar em noites frias.
Desconheço o amor correspondido.
E tão pouco a paixão entorpecida.
Sou criança grande.
Sou adulto pequenino.
Sou como uma olhar cinza e enuveado.
Como a pipa perdida na tarde de ventania.
Sentando só em minha morada.
Olho pro céu azul tristonho.
E com um assovio.
Espero...
As respostas, e os sonhos.
Escondidos, nas entrelinhas do teu livro.

sábado, 2 de junho de 2012

Melodias.



E quem é que faz falta...
...ou que falta faz quem já partiu?
Jogue fora o retrato...
...pinte um quadro em preto e branco.
Rasgue palavras velhas e sem sentido...
...escreva um rascunho do passado perdido.
Chute as ondas cheias de espuma...
...molhe as calças e não remangue ideias novas.
Crie e recrie, faça e refaça, invente e grite...
Gritos são cânticos sem melodia.
A melodia é a alma fazendo música.
Musica é o poema com melodia.


Falsos personagens.




Palavras estragadas, são como comida vencida.
Pessoas duvidosas como esponja enegrecida.
Sentimentos que enraivecem...
Polidos, esses espertos nos conquistam.
Suas palavras são perspicazes...
E como a cobra e a maçã.
Deixam marcas e feridas.
Perigosos são esses personagens...
Olhares marcados de malícia.
Sentimentos no mínimo dúbios...
Levam até mesmo de nós.
A alma e o amor que nasce puro.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

O Choro e a reza.




Chorei como se fosse uma reza.
Sentado sozinho com palavras vãs...
Perdendo se em imagens borradas.
Mãos entendidas, mas inalcansáveis.
O choro feito a reza...
Reza feito pranto.
Lágrimas como sangue.
Sangue jorrando da ferida.
Ferida aberta por palavras.
Palavras a mim impostas!
Impôs a tristeza da partida.
A partida, a saudade que nao foi benvinda.
Mas benvindo foi o amor.
Amor de uma carta marcada.
Cartas que nunca foram respondidas.
Nos outonos da minha vida.
Um abraço frio e distante...
...ficou marcado em mim.
E de longe, perdeu-se em agonia.

Como um papel rabiscado.



O papel marcado a mim dedurou.
Os versos que fiz em segredo.
Do amor escrito com medo.
Do olhar que dei se perdendo.
Os versos pensandos em minha insônia.
Por que a resposta assim se perdeu?
Eram as rimas assim como palavras de um ateu...
Incredulo fico, na ausência de resposta.
Murchando como flor que jaz sem água e nem sol.
Aqui ficou as lágrimas de um amor.
Que foi escrito, e cantando...
Aos olhos do poeta sonhador.

Vamos juntos sorrir?



Descobri que fazer sorrir...
Vai além do que é engraçado.
E mesmo quando como palhaço
Paro como um bobo ao seu lado...

Sorrio com palavras premeditadas.
Sorrio com labios serrados e olhar tristonho.
Sorrio como um estranho.
Com palpebras esculpidas e fechadas.

Há quem faça sorrir aos tolos.
Há quem sorria por não saber.
Pode sorrir também sem pagar.
Sorrindo segue rindo a rima sem acabar.

Mas o amigo que te faz sorrir.
Esse é tesouro raro de se achar.
E com ele as gargalhadas nascem.
Com ele, o tempo tudo satisfaz.

Sorrio com meu amigo.
Que é pra mim o mais divertido.
E quem sabe sempre sorrindo.
Seremos os dois como bobos...
Sempre juntos o mundo colorindo.



quinta-feira, 24 de maio de 2012

Palavras ao querido amigo.



                                                                      [ mas a Lua também é bela e grande, e sempre nos ilumina!]




Olhe no espelho.
Quem você consegue ver?
Olhe ao seu redor.
Olhe dentro de si mesma.
Acredite no que vê.
Sorria pra imagem refletida que chora.
Quero regar felicidade nesses versos.
Quero que saibas o quão perfeita és.
Nunca deixe que a esperança te diga adeus.
Diga até breve pra tudo.
E voe.
Voe bem alto.
E quando ao toque do vento se encontrar.
Voltarás forte e mais segura.
Menina bela, que sabe sorrir.
Seja sempre você mesma.
E nunca deixe ninguém te fazer desistir.

A terra, vento e a chuva.



A terra, a lágrima e o pranto.
Ideias em obras.

O silêncio que contradiz.
Afronta o grito em agonia.

Asas, liberdade desejada.
O vento, mas a cerca.
Telas que prendem e maltratam.

A fonte, a incerteza.
Faça um pedido.
Podera então ser atendido.

Passos dados sem direção.
Voltando ao lugar da partida.
Será que sabes a razão?

Chuva, momento de paz.
A brisa, lembranças que nao voltam mais.

Ficam nelas as tardes e noites frias.
Ficam, não voltam.
As alegrias do passado inesquecível.


sábado, 12 de maio de 2012

Em um instante, uma amarga saudade.




Esperei, esperando a esperança chegar.
Olhando espumas que as ondas traziam.
Olhei as nuvens em formato de sonhos.
A luz do sol que tocava a face nua.
Deixei que o vento bagunça-se meus cabelos.
Senti a lágrima que corria insistente em desespero.
Esperança que não chega.
E dá saudade, essa que não se vai.
Grudou-me ao limite das forças.
Carregando sorrisos que já não conheço mais.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Menina da praia...




Escrevi aquela letra de rir, um conto de fadas
da  menina da praia...
Correndo chutando a água, pula meio sem graça.
Menina da praia que eu vi.

           -----------------
Sorrindo quem nunca sorriu...
Sorria tão lindo, com dente limpo.
Cantando com versos, um amor tão perto.
Dum jeito que nunca viu.
          ------------------
Amor infantil...
Amor de livros que não pode se viver.
Amor cantado, um amor letrado
Amor de livros que eu vi acontecer.
          ------------------
Correndo chutando agua...
a menina tão linda perfumada.
Sorrindo encantando o mar...
Cantando  serenata...
Menina tão linda que eu vi.
         -------------------
Amor tão belo.
Amor de livros que eu vi acontecer.
Amor rimando, pro seu amado.
Amor de livros que só ela pode ter.
        --------------------
Em meio a esse amor de verão.
Em teus braços ela se perdeu.
Deitada ali na areia.
Parece uma sereia.
A mais bela da estação.
        --------------------
O amor que aconteceu sem perceber
rimando e cantando sem saber.
por poetas serenando...
O amor...que eu vi...
escrevi para acontecer.



segunda-feira, 30 de abril de 2012

O dito pelo não dito.



Eu quero gritar em silêncio...
E ela falando o que sente.
E quem é que diz o que sente sem saber refletir?
E quem é que reflete sem dizer o que sente?!
O que é que é que são e deixam de ser assim ó...?!
As coisas que são e deixam de ser só se fizer só!
Deixa de ser feito e refeito por quem não fez o começo...E ela fez?
Talvez ela tenha feito o começo, e agora é minha vez?
Começa por depois o antes que não termina...terminando de sentir, sim que sente.
Tentando colocar duas coisas na mesma coisa, entendeu?!
Então não se fala de fim nem começo, porque não terminou, só adormeceu.


Obs: Brigadinho Aline pelo ajuda nesse poema!


domingo, 29 de abril de 2012

Alegando metafóricamente falando.


Palavras e suas alegorias.
Metáforas...
Predicativo do sujeito...
Seria perfeito ou mais que perfeito...
...o verbo conjugado de agonia.
Palavras sem definições.
Uma gramática própria.
Escolha as palavras leitor!
Defina e se faça presente!
Eis os siginficados de quem sente ser, sabendo quem é.
Crie, e sempre recrie.
Meios versos, medianamente pensados...
Destino, frases pré-determinadas.
E quem acredita nessa baboseira toda?
Escreve, apaga, e esquece...
Metáforas são brinquedos nas mãos certas.
Certas mãos são metáforas nas pessoas certas.
Pessoas certas são utopicas.
Então acorde do sonho dentro desse sonho tolo.
Apenas leie sem procurar definição.
Alegorias e suas palavras.


Doido por doidices que doem sem doação. Que?!



Bastou querer.
Deixar que deixe de ser.
Bastou realizar.
Deixar o real ser dito e feito.
Feito por mal feito.
Feito bem feito.
Feitoria feitosa mais que refeita.
Assim refiz, como muitos refis.
Querendo querer o que quis.
Queira, ou não queira.
Queira o que quis.
Fiz um quiz.
E nada soube dizer.
Diz!
Não diga que não dissesse.
Poeta por poeta.
Que não sabe dizer.
"Não interessa se você é letrado..
o que importa é se você vive o que você fala!"
Ah, então fala.
Falou quem foi dito.
Dito pelo não dito.
Parei por aqui.

Não precisa fazer sentido.



A inspiração que a música te faz...
Faz tu através das palavras.
Recite um canto.
Cante um poema.
Desenhe um verso.
Escreve uma pintura.
Saia da ordem.
Crie seu mundo.
Seja livreeeeee......

Mostre tua lágrima...



Anjos e palhaços.
Sorrisos tortos.
Olhos que choram em silêncio.
Almas feridas.
Mentiras mascaradas, entre linhas de frases divertidas.
Quem será, será.
Quem não foi, se foi.
Mas olhe e chore.
Voe e reflita.
Seja o que seja.
Sejas!
Esconde teu sorriso maroto.
Mostre tua lágrima triste.
Não faça!
Quebre o silêncio!
Chega de liturgia!
Crianças e falsos adultos.
Grite, chore e se perca em gargalhadas.
Vive...
Olhe pro lado.
Há anjos e palhaços te chamando.

Que importa?



Pouco importa se eu dissesse.
Ou quem diz!
Não vou ligar...
O mundo gira a passos lentos.
Eu vou correr ao redor.
Isso ou mais nada importa.
Não vou ligar.
As horas andam a passos contrários.
Pouco importa...
Nada é o que representa.
Nada vai ou volta sem saída.
Não vou falar.
Não vou cantar.
Eu realmente não faço nada.
Pouco importa se eles dissessem.
Ou não diz!
Nada!
Melhor nada que ninguém.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

E quem sabe? III


- Eu acho que to com muito ódio.
- Ódio de que?
- Se eu soubesse eu juro que já teria chutado.
- Mas o que você tem menino?
- Muita raiva.
-Deve ser dor de barriga de chora?
-O que?
-É. Dor de barriga de chora.
-O que é isso?
-É uma coisa que a gente sente.
-Ah... Eita hein?!

Falando de amores...




Despertos e vorazes.
Intensos e fugazes.
São os amores alheios aos anos.
Devem ser sentimentos egoístas.
Como uma paixão que já nasce dominante.
As vezes cega, as vezes surda.
Quase sempre calada para o mundo.
Sabem apenas se pertencer.
Entregues a si mesmos com ardor.
Vivendo o hoje, e somente hoje.
Esse tão louco sentimento.
Chamado por eles de amor.

Novas palavras no nascer do sol.




Eu odeio esse vazio que me acontece.

Fico preso ao nada, sem perguntas e sem respostas.

É como um lapso de tempo.

Um lugar em que não sou eu mesmo.

Quando a campainha toca, vibra.

Começa assim a chuva das palavras.

E o nascer do sol...

...uma nova manhã acontece.

Em alguma noite de lua.




Sol e chuva...
...amor e meias verdades.
Inverno tempestuoso...
...olhar perdido entre as estrelas.
Noites enluaradas...
...mente fervilhante de ideias.
Sonhos de uma noite sem dormir...
...feridas abertas que sangram.
Dor sem cura...
...escolhas feitas sem a chance de serem desfeitas.
E quem escolhe?
O amor no inverno cheira a chocolate quente...
...pode ir do doce ao amargo.