“Ainda estou aqui…”
Ainda estás à minha espreita
Com olhos de ressaca
Escondida entre as passarelas
Passarelas das passagens
Passagens do teu cotidiano
Que és diferente de minhas vielas
Que vou andando
Reconstruindo meus caminhos
Mas confesso um tanto curioso
Pois que olhos são esses de vigia?
De onde vem?
E por que demostram pelos versos essa alegria?
Por que te escondes entre as passagens?
Por que me espreitas de teu anonimato?
Será essa a sina de ser provocado a escrita?
Espera…
Cadê vez que vens é como se fosse uma nova aquarela.
Provoque o poeta
E espere sempre por esses versos
Ai sentada espiando a minha janela.