quarta-feira, 25 de julho de 2018

Nessa prisão.




Absolvido foi o amor.
Mas deixou na sua partida
a dor.
Deixou desalento.
Deixou nosso descontentamento.
Mas foram provas incontestáveis.
Julgou assim o juiz.
Absolvição mantida.
Descabida!
Partiu o amor...
Paixonite de criança.
Que jaz na lápide da alma.
Me absolva destino.
Me livre de todo mal caminho.
De amar sozinho.
Me liberte das madrugadas...
Da espera na janela...
De caminhar na primavera... sem ela.
De ouvir o mar no entardecer.
O amor que me bagunçou.
Que tão rápido veio e tão logo passou.
Deixou marcadas suas lembranças...assim tão sutis.
Aqui, longe nessa quimera já há muita esquecida.
Pago, sozinho, recluso minha sentença!
Prisão perpétua...
Paixão eterna...
Solidão.
Ilusão...
Mas sabe amor?!
Não sei dizer-te adeus.

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