Cada gesto não representa apenas um só ato.
Há um pedaço que sempre fica subtendido.
A palavra carece de interpretação.
Mas o ouvido lhe falta o filtro da objeção.
Como os tolos abraçam.
Os insensatos não se calam.
Falho é o motivo.
Feito sempre com improviso.
Caminho, caminhada a caminhar.
Onde irá?
E quem levará?
Não lhe fará o bendito, tão pouco o sofrido, o espaço tolo
do impreciso.
Mas será dele possível?
Por vezes será só uma finitude sem cor, sabor, mas um ardor
que a alma carrega atoa.
Pessoa?
Não.
Somente um ateu atoa.
Que crê no amor e perdoa.
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