sábado, 3 de março de 2012

"Desinventar"



Eu já inventei tantas coisas.
"Desinventei" tantas outras...
Fiz amigos e perdi outros tantos.
Ainda sou criança.
E nem sei contar direito.
Tenho medo do mar...
Mas amo cada gota de chuva que cai em meu rosto.

Há tempos eu sonhava acordado.
Hoje já nem sei se sonho mais.
E quem sonha?
Recordações...
Coisas de menino sujo de terra, com cheiro de "bergamota".

Eu enterrei uma caixinha de papel no terreno da casa da vovó.
Uma caixinha de desejos e esperanças!
Será que ainda estará lá?
Ou o tempo tratou de consumir...
E quem já um dia enterrou?

Lá na minha antiga rua tem uma árvore.
Nela eu gravei meu nome...
Nela gravei vontades de um menino.
E correndo ali ao redor na naquela calçada...
Construi coisas tão boas...
Que já nem sei mais se existiram...
Ou se foi mais um sonho bobo.

Ontem e escrevi uma pequena frase.
Hoje ela deu vida a uma estrofe.
Agora eu escrevo um até breve.
E amanhã talvez um outro poema.
Ou quem sabe tu desta vez escreve?

Um comentário:

  1. Eu já inventei tantas coisas.
    "Desinventei" tantas outras...
    Fiz amigos e perdi outros tantos.
    Ainda sou criança.
    E nem sei contar direito.
    Tenho medo do mar...
    Mas amo cada gota de chuva que cai em meu rosto./
    Há tempos eu sonhava acordado.
    Hoje já nem sei se sonho mais.
    E quem sonha?
    Recordações.../
    Lá na minha antiga rua tem uma árvore.
    Nela eu gravei meu nome...
    Nela gravei vontades de um menino.
    E correndo ali ao redor na naquela calçada...
    Construí coisas tão boas...
    Que já nem sei mais se existiram...
    Ou se foi mais um sonho bobo.

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