terça-feira, 19 de maio de 2015

Carta





Escrevi uma carta de desespero.
Metáforas, hipérboles, perdidas em devaneios de menina.
Amor, amor, dor e paixão...amor, solidão.
Ironicamente do destinatário perdi o endereço.
Talvez por medo, insegurança ou apenas desleixo.
Quiça ele a pudesse ler, reler, escrever sua resposta.
Quem saberá?
Onde foi parar ninguém o sabe.
Tampouco eu, insegura e frágil.
Da carta fiz um testamento...
Do amor contido, reprimido.
Fiz dela também minha despedida.
O velho amor de menina...
Que a vida ensinou me a não ter mais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário