sábado, 2 de janeiro de 2016

Naquela manhã



A gota do orvalho, pela planta escorre.
O cheiro da mata molhada...
O barulho dos passarinhos.
O sentimento de acordar, em um dia sorrindo.
Falsos sentimentos, essa mentira que sinto.
Vou colorir minhas rimas...
Vou mascarar essa poesia ao mundo escrita.
Estou morrendo de felicidade...
Grande hipocrisia mundana.
Amor, que baita amor.
Do nada faz estrago...
Mas continuo a ouvir os pássaros...
O ver o orvalho que cai.
O cheiro da mata, com o café se mistura.
Doce amarga amargura!
Sorriso pintado na cara..,
Maquiagem falsificada...
Tão logo a lágrima borre.
Pois dos meus olhos agora escorre...
A costumeira lagrima corriqueira.
Esta, que já tem sido passageira.
Dois dias de minha agonia.
Mas, que fique um alerta.
Não ame!
Não se deixe levar.
Pois senão assim acabará... Atrelado a esse mal sentimento.
Preso a alguém que sem qualquer lamento.
Faz de ti um simples fantoche,
Machuca, agride e destrói.
Mas nem um motivo dá se quer...
Assim me arranca a alma, tira o folego do viver...
Mas amanhã...
E depois...
E depois do depois...
O orvalho vai descer pela janela...
Os pássaros vão cantar lá fora.
E vou tornar a chorar...
Se saudade, que vem e vai sem demora.

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