segunda-feira, 20 de maio de 2019

Do sagrado e profano

Nada é tão sagrado quanto é profano.
Nenhum sentimento é tão puro quando obscuro.
Nem a presença pode ser maior que a saudade...
Paixões levadas pela idade.
Ou guardadas no canto
mais escuro.
Não há amizade, nenhuma só...
...que um segredo não destrua...
Mesmo a verdade nua e crua.
E há sim uma sinceridade na raiva que cultivou.
Até nos versos que deixou.
Certas magoas, alguns rancores...
Falta de favores...
Enganos.
Anos, anos...
Sagrado e profano.
Se misturam.
Se criam.
Recriam.
Se transformam.
E quando eles se formam...
Constroem imagens...
Pinturas...
Mosaicos...
Fotos...
Amarelas ou preto e branco.
Mais jamais como azul oceano.
Ou vermelho carmesim.
E da memória perdida.
Contavam histórias...
Essas contadas em rodas.
Mas agora para sempre esquecidas.



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