segunda-feira, 7 de junho de 2010

Versos para ler ao pôr do sol.



Plantei um canteiro de vaidades
na esperança de colher um lindo amor
reguei, adubei com paixão
colhi saudades...
e assim fiquei na solidão.

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Tem amores que geram uma história
alguns um lindo poema.
Há os que soam como versos,
podem rimar, ou somente pontuar
de alegrias e tristezas,
de noites passadas a luz do luar.

Nada como uma nova paixão
uma pagina esperando ser escrita
pode sair do prefácio
ou logo acabar amassada
jogada, esquecida, um amor natimorto
que mal nasce e jaz falecido.

E que tal o amor platônico,
sentimento deveras irônico
acaba ocupando espaço
tirando a chance do amor de verdade
enfim poder nascer de novo.

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Ao longe imaginei uma paisagem,
pintada por tão lindas mãos.
Sua tinta ainda fresca, reflete sentimentos,
de um o lado amor, do outro um jovem escárnio.
Como se fossem duas faces,
faces de um mesmo autor,
gêmeos idênticos, mas contrários nos sentimentos.

Como pode um simples retrato,
ou paisagem por assim dizer,
talvez de um belo rosto,
de tão dúbia demonstração,
marcar assim no coração
sua imagem refletida,
uma tela tão colorida
de uma antiga paixão,
há muito já adormecida.

Deixo aqui então, minhas considerações
ao ver tão bela imagem, encantado escrevo versos.
Ainda não expressa minha visão,
pois as vezes as palavras, se anulam em sua finitude
não dizem o que realmente são,
e não irão poder explicar os sentimentos.
Mas guardo aquela visão, como lembrança tão bela
e me imagino assim em uma nova quimera
de amores tão felizes, cultivados na primavera.

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