sexta-feira, 31 de março de 2017
Culpa...
É engraçado como as coisas são...
Irreverente teimosia.
Trocar palavras ditas por não ditas.
Arriscar aquilo que não pode ser perdido.
Parece que somos assim...
E mesmo em tudo isso.
Prosseguimos, falamos e teimamos.
Isso ás vezes da medo...
Até onde irá chegar?
Faço da poesia a desculpa?
Ou faço da companhia agradável...
Uma doce culpa!
sábado, 25 de março de 2017
Segredo
Eu prometi guardar
segredo.
Jurei por todos os
santos.
Fiz promessa de
mindinho…
Até palavra de
escoteiro.
Em minhas juras
esqueci.
Que segredo assim
difícil é.
E olhar-te todo dia…
Tua doce voz poder
ouvir.
Caminhar de tão
pertinho.
Dividir olhares com
carinho.
Guardar esse
segredo…
...agora sei que não
posso.
Dói muito nenhuma
palavra te dizer.
Pois desde o dia que
te vi.
Me apaixonei pela
primeira vez.
E mesmo que este
seja meu segredo…
Luto para mantê-lo
imaculado.
Pois ao menos ser
amigo...
E contigo cada dia
compartilhar.
É melhor que do
segredo ir tudo a perder.
E assim ou teu lado
apenas continuo.
E guardo a sete
chaves no coração.
O amor, o carinho a
admiração.
Daquela que és o
amanhecer.
E a lua de cada
anoitecer.
E amor se fez
É assim que as
coisas são.
Aqui ou acolá…
Pois amores e
mentiras…
De lá e de cá…
são retratos cotidianos.
São como poesias,
melodias, versos por assim dizer.
São vidas
divididas…
Amores, alegrias…
Tristes despedidas.
É assim que o mundo
é…
Do lado de cá, do
lado de lá…
Pois a saudade bate
sempre a porta.
Pois a vida é
passageira…
Há que apenas pede
carona.
Há quem carregue
consigo novas primaveras…
Alguns cultivam
essas flores…
Outros envenenam o
canteiro.
Pois assim o é….
Tampouco deixará de
ser…
Pelo tempo sempre
foi.
E o amanhã o será,
pois pertinho de ti…
Ou tão longe de
mim…
O mundo se faz
mundo…
O amor vem e vai, a
cada segundo
Da despedida
Essa antologia de
despedidas.
Essas poesias por
eles escritas.
Coloca a razão em
segundo plano.
Eleva o amor, este
doce engano.
Não há como
reprimir fatos cotidianos.
Pois são erva
daninha…
São persistentes e
necessários.
É o alimento dos
iludidos.
Que passam
apaixonados pelas tardes.
Andam por aí
perdidos.
Presos a ensejos
dramáticos.
Por vezes
reprimidos.
Em outras oprimidas.
Mas que dizer de
tais coisas?
São elas que fazem
da poesia a existência.
São elas que pintam
o retrato…
São elas que
alimentam a melodia...
São elas que viram
letras no papel…
São elas que
compõem a partitura…
As coisas que fazem
do poeta.
O criador que também
é criatura.
Canção em noite enluarada.
O vento toca por
vocação…
A canção que o
tempo em versos compôs.
Aguda melodia se
espalha.
Recheada de
histórias sentimentais.
Cada nota entoada…
Cada agudo ressoar…
Entoa a poesia que
vira hino.
Alegra o dia nos
mananciais.
Esses versos de
tempos áureos.
Essa letra de tantos
amantes.
É céu, é mar,
chuva e trovoada.
É melodia cifrada.
Num Ré maior…
Enfeitada de noite
enluarada.
A menina também amou.
A menina também
amou.
Ainda era dia…
Para ela quase
noite.
O sol no findar do
dia.
Pairava no
horizonte.
Caderno e lápis na
mão.
Sentimento de
saudade no peito.
Uma carta escrevia.
Deixava nela sua
alma.
O coração se
desvaia.
Dizer adeus não
deveria existir.
A saudade que
morresse de fome.
Alimentar tal
sentimento é um desaforo.
Mas como não ser
seduzido pelo amor?
Como não deixar as
borboletas borbulharem?
Amar, saudade,
despedida…
São tantos
sentimentos…
E apenas a resta…O
apagar da luz do dia.
De quem amou primeiro
O menino amou
primeiro.
Desde que os olhos
contemplaram.
O coração quase
que fugiu.
O peito por pouco
não se abriu.
Os pensamentos em
sua mente pairavam.
Já não dormia…
Não tinha apetite…
Apenas divagava.
As noites eram
martírios.
Os sonhos melodramas
juvenis.
Quase não ouvia o
som do mundo.
Refém…
A solidão que
consumia…
O amor que não se
ia.
O olhar que o
condenou.
O perfume que
envenenou.
O menino amou
primeiro.
Mas o amor não o
acompanhou.
Prosa, poesia e espanto.
Não eram apenas
palavras.
Tão pouco, letras
no papel.
Eram pinturas
retocadas.
Folhas amassadas…
Borborinhos de
criança…
Eram amores
impossíveis.
Eram versos...
Eram prosas…
Eram melodias de
doces encantos.
Amor, a arte…
Poesias e o espanto.
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